Crônica de um Passado

Óleo sobre tela: Autumn Oaks. George Inness. Metmuseum. 

 

O passado repousava sobre a minha mesa, entre folhas contendo datas importantes e a leitura de um livro que ainda não terminei por força de circunstâncias adversas. 

Por falar em forças alheias e que sobrepujam meu próprio querer, tem a vontade de acabar com a minha vida entre transas casuais, bebidas gaseificadas e doces diversos. Uma vontade que vai além do imaginável e parece surgir do além-túmulo. 

No entanto, guardei o passado. Não joguei. Não queimei. Não repudiei.

Guardei.

Livre da poeira e da ação do tempo.

Protegido do meu olhar.

O passado está guardado, onde deve estar. 

E eu, minhas vontades, minhas aventuras, meu mundo não-cristão onde não existe pecado e somente o calor abaixo do equador pode me levar a paradas obrigatórias, vamos seguindo, como a água de uma torneira quebrada e esquecida pela Deso. 

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