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A páscoa do MESSIAS

vídeo da internet A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) parece ter surgido em boa hora! Na hora exata em que a maioria dos brasileiros, não os mais sensatos, escolheu um novo Messias para "tirar o país das garras da corrupção e do inimigo de toda a retidão". O problema é que, ao contrário do outro Messias, que morreu crucificado e humilhado, fundando a fé cristã, o Messias brasileiro e moderno possui a ausência de todas as qualidades do Outro , embora tenha tido a ideia de se tornar mártir por meio de uma facada nunca explicada transparentemente. O Messias brasileiro demorou bem mais que três ordinários dias para ressuscitar depois que a faca cortou-lhe os bofes, embora tenha incrementado a horda de seguidores e tenha disseminado, até esse domingo de Páscoa, noticias falsas, falácias e ódios por onde quer que passe. Ao contrário do Messias do Oriente, o Messias brasileiro ataca o próprio berço, revolta-se contra o próprio pai - o Partido - e ofende até mesmo...

O mimimi do Jair

Mais um . Os pronunciamentos da Presidência da República do Brasil têm sido uma série de choros intermináveis em que Jair Bolsonaro exige atenção e reconhecimento (mesmo sem ter realizado nenhum benefício efetivo para a Nação). Entre ataques gratuitos de seu governo contra a China e contra todos aqueles que se abstém ou se opõem fortemente à sua loucura, Jair Bolsonaro busca na Índia o apoio que lhe falta no próprio país. E crendo estar o número de mortos e contaminados muito baixo e sendo um arremedo de Donald Trump, o presidente brasileiro está incentivando meios de contaminação para igualar-se ao seu Índolo e a New York. Vidas precisam ser desperdiçadas para que a masculinidade frágil de um ego ainda mais frágil seja acariciada com pedidos de ajuda e socorro de um povo que escolheu um ser humano de baixa capacidade intelectual para governar uma nação emergente. E se a carreira política de Jair Bolsonaro não o habilita para o governo do Brasil, é de se esperar que el...

Nada de carnificina santa

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Imagem: Jesus visita o continente americano Não é preciso pressa, só sonhos e fé. Se olhássemos direito para todos os eventos que condensam em uma vulgar ‘Paixão de Cristo’ notaríamos as datas misturadas, choro onde não deveria existir e uma tremenda falta de alegria. Só drama. E nem tudo é drama nessa história. Uma história de superação e amor ao respeito ao livre arbítrio, a Deus, ao homem, à criação. Porém ninguém quer saber do real sentido dos atos, nem onde foi e o que significou o Jardim do Getsemani. Tudo o queremos e gostamos é de ver um deus sendo ferido e sangrando para provar a nós mesmos e ao nosso ego que nossos erros são justificados, pois, se um deus sangra e morre, nossos erros são justificados e aceitáveis. Balela de fracassados. E enquanto a encenação da traição, do julgamento, da humilhação e assassinato de Jesus é replicada em várias cidades e países, ele renasce sempre quando alguém lembra que o mais importante não foi uma cruz erguida com um corpo en...

Um pouco de sangue

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A semana é dita santa. Mas onde está a santidade no homicídio? No assassinato? Nas desprezíveis mazelas da humanidade que mata e morre por uma fé que não se justifica? Adoramos adorar um corpo que jaz eternamente crucificado em algum ponto distante, no tempo e no espaço, enquanto esquecemos de viver adequadamente. Bebemos, figurativamente na falta de uma denotação almejada, o sangue de um homem que se tornou um deus e tentamos, a todo custo, profanar essa santidade através de recriações teatrais de um sofrimento necessário. São espetáculos a céu aberto que satirizam e divertem quando a intenção, por mais remota, deveria ser outra. Na tentativa de esquecer um pouco o derramamento de sangue de um homem que dizem ter existido e que ressuscitou após três dias, criamos coelhos que botam ovos de chocolate e cobramos preços exagerados por eles. Que negócio lucrativo! A morte e o sofrimento que justificam a “bondade” humana é a mesma que cria coelhos anormais. E encerramos co...

O Cristo da Princesa

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O Cristo da Princesa A aproximação da Páscoa e da chamada semana santa desvenda os mistérios da contrariedade da fé humana, ou daquilo que a gula pode descrever como fé.   Dentre os eventos e fatos mais inusitados que aparecem está a estátua , que supostamente seria de Jesus, no alto da serra da Palmeira. O que o monumento tem de pitoresco é a babilônia de imagens que usaram para criar o Cristo dos Palmeirenses. A tal representação do mais popular profeta da humanidade tem um cordão de são Francisco na altura do peito, é atarracado e de um quadradismo de rosto que é assustador. É um misto do santo vizinho – Frei Damião – e de um Jesus que nunca existiu e de alguém considerado bonito. No fim das contas, é estranho e temível. O que é legal para quem só tem medo de um Deus cruel. No resto, ele serve de testemunha para todo tipo de sacanagem e uso de drogas. É um marco onde todos os segredos se escondem.