As últimas horas

Imagem: The Visit, Lamp Effect. Félix Vallotton. Met. 

É isso.
Nas últimas horas do "ano velho" os seus inimigos ainda estão aí, amargando o fato de não terem conseguido todos os seus maus intentos. Os seus parentes de caráter questionável ainda estão fuçando na lama familiar como porcos caipiras buscando a última pútrida guloseima para se deliciar na festa de fim de ano. Os seus "amigos" estão incomunicáveis, muito embora ativíssimos nos stories das redes sociais. Os seus conhecidos já mandam mensagens de felicidades no ano que se iniciará. Os antigos amores estão esperando  novidades, no meio real e no meio virtual. E seu líder religioso já deseja mais juízo e mais obediência para que sua alma possa se salvar no ano vindouro porque no atual já está perdida.
As últimas horas do "ano velho" são horas de uma vida contínua, embora a mídia e a massa do populacho creiam-na mais que especial. 
O que nos resta é olhar para trás, não com nostalgia, mas com os olhos do aprendizado com toques de gratidão e de benzimento.
O ano acaba. Outro emerge. E continuamos seguindo em frente.
É preciso continuar em frente, sempre, mesmo quando as luzes apagam e o cotidiano recomeça.

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