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As últimas horas

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Imagem: The Visit, Lamp Effect. Félix Vallotton. Met.  É isso. Nas últimas horas do "ano velho" os seus inimigos ainda estão aí, amargando o fato de não terem conseguido todos os seus maus intentos. Os seus parentes de caráter questionável ainda estão fuçando na lama familiar como porcos caipiras buscando a última pútrida guloseima para se deliciar na festa de fim de ano. Os seus "amigos" estão incomunicáveis, muito embora ativíssimos nos stories das redes sociais. Os seus conhecidos já mandam mensagens de felicidades no ano que se iniciará. Os antigos amores estão esperando  novidades, no meio real e no meio virtual. E seu líder religioso já deseja mais juízo e mais obediência para que sua alma possa se salvar no ano vindouro porque no atual já está perdida. As últimas horas do "ano velho" são horas de uma vida contínua, embora a mídia e a massa do populacho creiam-na mais que especial.  O que nos resta é olhar para trás, não com nostalgia, ma...

A cisão entre dominador e dominados

Perder o poder sobre alguém é uma das maiores motivações que faz com que as discussões sejam tão violentas, pois onde existe uma discussão, geralmente, há o declínio do poder que uma pessoa assume sobre outra. Esse poder, injusto e destrutivo, é a razão de quadros depressivos nas famílias, nas religiões e no trabalho. No ambiente familiar, o domínio é tido justo pelo fato de que os filhos são subalternos dos pais, incapazes de pensar e agir com livre arbítrio; e a mulher, nesse contexto, quando igualmente tratada dessa maneira, vive sob o julgo desse domínio destrutivo. Nas religiões e seitas, para manter uma hierarquia de poder sobre os bens materiais e sobre a vontade do outro, o dominador utiliza-se de promessas que nunca são cumpridas nesta vida e cuja busca pela manutenção da garantia de cumprimento dessas promessas esta atrelada a ira de uma entidade vingativa e exasperada. Afora o conto de fadas, adaptado para cada doutrina, a relação conflituosa entre dominador e dominado...

A cisão entre dominador e dominados

Perder o poder sobre alguém é uma das maiores motivações que faz com que as discussões sejam tão violentas, pois onde existe uma discussão, geralmente, ha o declínio do poder que uma pessoa assume sobre outra. Esse poder, injusto e destrutivo, é a razão de quadros depressivos nas famílias, nas religiões e no trabalho. No ambiente familiar, o domínio é tido justo pelo fato de que os filhos são subalternos dos pais, incapazes de pensar e agir com livre arbítrio; e a mulher, nesse contexto, quando igualmente tratada dessa maneira, vive sob o julgo desse domínio destrutivo. Nas religiões e seitas, para manter uma hierarquia de poder sobre os bens materiais e sobre a vontade do outro, o dominador utiliza-se de promessas que nunca são cumpridas nesta vida e cuja busca pela manutenção da garantia de cumprimento dessas promessas esta atrelada a ira de uma entidade vingativa e exasperada. Afora o conto de fadas, adaptado para cada doutrina, a relação conflituosa entre dominador e dominado...

Ninguém salva o Brasil de si

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Portrait of the Artist. Mary Cassatt. Met. Olhando a onda que se espalhou pelo país, e que é tão costumeira no processo eleitoral de um povo que resiste ao processo educacional civilizatório, há que sorrir da ironia do eleitores frente às ideologias dos partidos e às "propostas" dos presidenciáveis. À parte as agressões, reais e inegáveis, dos bolsominions contra minorias e a latente apologia à tortura e à ditadura; e igualmente desconsiderando os petistas fanáticos, tem-se um drama violento que se desenrola nas ruas, nas igrejas e nos domicílios, onde ninguém sai vencedor, a despeito do resultado do pleito. Foi observando essas anomalias que chego à conclusão que uma parte dos gays enrustidos continuarão cometendo suicídio e aumentando os casos de depressão registrados no sistema de saúde. E isso pela simples razão de que eles acreditam que estar enrustido, suprimindo seus desejos em uma organização religiosa (pensando que vai para um pseudo céu) e aplaudindo dis...

Educação Crítica

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Fonte: imagem da internet “A educação, direito de todos e dever do  Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” Constituição Federal de 1988, Art. 205. A formação de uma geração capaz de tomar as próprias decisões baseadas em posicionamentos bem fundamentados vai muito além da mera transmissão de conhecimento secular. Os indivíduos em formação necessitam de uma carga intelectual e empírica capaz de fazer com o acontecimento mais banal seja analisado sob os pontos de vista mais diferentes, em pura harmonia com a ética e a moralidade. A educação, portanto, é a velha e eficaz ferramenta capaz de moldar uma geração de modo que cada indivíduo seja, por si só, uma instituição capaz de gerar um posicionamento e a defesa deste ante as mais diferentes opiniões que podem surgir, sejam elas contrárias ou não. O problema...

O silêncio das montanhas

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Capa da obra Perder alguém, que se ama, é nitidamente doloroso, mesmo que a dor não seja expressada por choros descontrolados e desespero, ela estará lá. Mesmo que os anos destruam o corpo, a alma conserva suas dores e suas lembranças mais queridas; os nomes dos algozes e as vezes em que o silêncio revelou o passado tão feliz e distante. Em O silêncio das montanhas , Khaled Hosseini conta-nos como as decisões egoístas, e muitas vezes precipitadas apenas, torna a vida de muitas pessoas diferente, estranha e infeliz. Hosseini toca nas feridas que se pode ter deixado guardadas com o medo de sofrer; expõe como é difícil deixar a quem se ama, a quem realmente ama, e partir com a dor que não será curada nem mesmo cinquenta e oito anos depois. É com muita delicadeza que o autor coloca diante do leitor o drama da perda, ainda em vida, de alguém a quem se ama mais que a própria vida e questiona-nos sobre o quanto é importante cuidar daqueles a quem se quer bem enquanto é possíve...