Uma vida por R$ 6,00
Se você se arriscar a andar de moto táxi pleas ruas violentamente movimentadas de Arapiraca vai notar, com surpreendente facilidade, que está arriscando bem Mais que a vida, por R$ 6,00.
O moto taxista de que peguei hoje cruzou, pelo menos, 3 sinais vermelhos, entrou em conflito com dois carros e com os pedestres que apareceram, na deserta Arapiraca de domingo. Em uma velocidade estonteante, para quem não tinha pressa alguma de cair e quebrar o pescoço, passei pela Concatedral que quase não a enxerguei e pelas entradas do Parque Ceci Cunha como se fugido estivesse.
Não é de admirar que os moto taxitas apareçam escangalhados por aí com mais facilidade que traficantes depois de uma luta de poder nas favelas das grandes cidades. Está mais perigoso andar de moto táxi em Arapiraca do que vender cocaína nas bocas de fumo da vida.
E quando você parar para pensar nos capacetes sujos e imundos, no atendimento deplorável, nas vezes que falta combustível no meio da corrida ou de quando a moto perde o controle por problemas mecânicos (falta de revisão constante) percebe que o aumento abusivo e constante na tarifa do serviço é uma desorientação econômica e social que nem Douglas Adams explica.
O correto seria aplicar leis e fiscalizações mais rígidas e a população não aceitar ser submetida a essas práticas criminosas do trânsito - mas defender o correto em meio aos "honrados pais de família" em uma cidade como Arapiraca é quase uma afronta à morte.
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