Noite Bruxa

Quando resolve explicar algo a alguém realmente faço isso acreditando no que digo, ainda que pareça uma loucura inimaginável. E quando falo, além da minha opinião, tem a opinião de pessoas mortas - escritores, celebridades, não-famosos. E nem sempre o meu parecer tem aspecto de pensamento linear ou politicamente correto
Algumas pessoas, ou ouvirem-me falar, revelam uma expressão de perplexidade e outras são mortalmente contrárias, ainda que minha expressão seja a de desprezo pelo contraditório só pelo contraditório. No dia das Bruxas, que é também o dia de comemoração do nascimento do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, que precede a comemoração macabra de Todos os Santos e de Finados, não é difícil ver por aí minhas palavras ecoando e relembrando não apenas Drummond como também personagens fictícios, tornados reais pelo simples desejo.
A mistura daquilo que não é real e do que não é apenas o termômetro do quanto se pode ser feliz sozinho, acompanhado, nesse e em outros mundos, com humanoides ou criaturas diversas.
O fictício é a magia que faz do real muito mais do que aquilo que ele apresenta e torna mágica a vida, seja onde for.
A noite do Dia das Bruxas, embora não seja uma prática muito comum abaixo da linha do equador, é também uma noite mágica. E se minhas visões tornam-me louco, que a loucura seja doce e divertida.
Porque os mortos também falam - e isso também é magia, sejam eles dessa realidade ou de outra.




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