O porquinho
Andar pelas ruas da Princesa do Sertão à noite é uma experiência inenarrável e muito enriquecedora, sob vários aspectos. Eu, particularmente, adoro andar pelas ruas e vielas como um exercício de autoconhecimento, vida-louquice e passeio perfumado (dependendo da área arborizada em que se ande).
Noite passada estava eu nessa caminhada noturna, olhando as estranhas promoções da cidade (como o.parcelamento de compras no construcard em 238 vezes) e as muitas excentricidades de uma população sem muitas perspectivas, quando viro uma esquina e me deparo com... um porquinho!
Um porquinho de rua, muito bem acompanhado de um gatinho branco de olhos amarelos. O tal porquinho estava fuçando o lixo, observando quem passava e confabulando com o gatinho, sem estranhar os transeuntes e com muito estilo. O tal rosadinho corria o sério risco de acabar se encontrando com o aço inoxidável de uma faca sega, sedenta pela carne gratuita e pelo derramamento fácil de sangue.
E praticamente no centro da cidade. O que era antes a terceira maior cidade de Alagoas é somente um chiqueiro humano onde os porcos já estão ambientados. E a julgar pelo lixo na rua, pelos terrenos baldios depositários de toda sorte de objetos e corpos e pela "dignidade e honradez" naturais da terra, não é estranho que porquinhos comecem a aparecer em cada esquina.
O porquinho sumiu.
E na caminhada de hoje não vi nada mais anormal, ou melhor, nada fora da anormalidade habitual.
Só um porquinho perdido...
Noite passada estava eu nessa caminhada noturna, olhando as estranhas promoções da cidade (como o.parcelamento de compras no construcard em 238 vezes) e as muitas excentricidades de uma população sem muitas perspectivas, quando viro uma esquina e me deparo com... um porquinho!
Um porquinho de rua, muito bem acompanhado de um gatinho branco de olhos amarelos. O tal porquinho estava fuçando o lixo, observando quem passava e confabulando com o gatinho, sem estranhar os transeuntes e com muito estilo. O tal rosadinho corria o sério risco de acabar se encontrando com o aço inoxidável de uma faca sega, sedenta pela carne gratuita e pelo derramamento fácil de sangue.
E praticamente no centro da cidade. O que era antes a terceira maior cidade de Alagoas é somente um chiqueiro humano onde os porcos já estão ambientados. E a julgar pelo lixo na rua, pelos terrenos baldios depositários de toda sorte de objetos e corpos e pela "dignidade e honradez" naturais da terra, não é estranho que porquinhos comecem a aparecer em cada esquina.
O porquinho sumiu.
E na caminhada de hoje não vi nada mais anormal, ou melhor, nada fora da anormalidade habitual.
Só um porquinho perdido...
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Foto: Porqinho perdido em Palmeira. Rafael Rodrigo Marajá |
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