Subversivos da UFS

O VII SIMPROD terminou na sexta-feira passada. E como um bom aluno de Ecologia e Controle da Poluição, lá estava eu, sentado no meio do auditório do novíssimo prédio do Núcleo (Departamento) de Petróleo e Gás, assistindo a palestra do Diretor Presidente do SergipeTec. Uma interessante e peculiar palestra que serviria para todas as engenharias e demais alunos de Ciências Socias e afins que soubessem contextualizar o que estava sendo exposto. 
Serviria.
Como de hábito, os egos dos departamentos são fortes o bastante para ignorar eventos interdisciplinares e contextualizadores apenas por que não foi cada um que organizou. Esse mal, essa mania de querer aparecer como pilar de todo o conhecimento e poder organizacional que alguns docentes, chefes de departamentos ou não, possui poder suficiente para minar o conhecimento amplo e diversificado que deveria ser fomentado dentro da universidade e levado para a vida profissional.
O VII SIMPROD poderia ter sido mais frequentado, mais disputado em termos de público, e se não foi não se deve considerar incompetência da organização - deve-se principalmente ao fato elementar da política interna, aceita por todos e não escrita, que pode ser traduzida como "seu eu não fiz o evento, não devo promovê-lo". Uma vergonha ética que, infelizmente, é fundamentada pelos docentes, todos eles.
E se uso o VII SIMPROD como exemplo não fique surpreso. Há tantos outros como areia na praia que também servem de exemplo que seria impossível elencá-los de maneira não-tediosa. E mesmo depois de cinco meses (não acredite nessa história de quatro) de greve, os professores não aprenderam nada e ainda fizeram especialização e egoísmo e autocentrismo.
Eu, um bom aluno de Ecologia, quando não emito certos comentários, contei uns dez alunos subversivos que estavam na palestra, contrariando os departamentos de origem. Um escândalo em um UFS nada integrada com o ensino interdisciplinar.
E o que seria de uma Universidade, ainda que excelente (o que não é o caso) sem os subversivos?



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