Homens frescurentos, relacionamentos deprimentes
Não é difícil imaginar a razão de existir tantos conflitos sociais
ligados a relacionamentos fracassados, pessoas horrorizadas e gente desocupada.
A principal causa, evidentemente existem várias, reside no homem, nesse ser que
tem traumas com o pênis alheio, já que o seu ou é muito maior do que o de outro
– e por isso adora fazer exibições verbais de toda a sua potencialidade – ou é
normal – sem lá grandes invenções, afinal, pênis é pênis e não há discussão.
Agora, se sabe ou não tratar uma mulher como se deve, na cama e fora dela, isso
já é outra história.
É nessa criatura que acha que só ele tem voz grossa e um pênis
abençoado pela graça do exagero que está o X da questão nos relacionamentos,
sem sombra de dúvidas. E não adianta dizer que a mulher é complicada: esse mito
só reflete a ignorância e a faltar de tato em lhe dar com um espécime sem
grandes mistérios. Aliás, o único mistério que a mulher realmente guarda é o
seu desenvolvimento intelectual prematuro, se comparado com o outro gênero.
Nesse aspecto, os homens estão se afrescalhando cada dia mais. E nem
adianta dizer que a razão é a aceitação homossexual. Nada disso. Os homens
estão sendo criados de uma forma tão esdrúxula que é pecado mencionar. Não
raro, você encontra um machão que não dorme com a luz acesa; outro que teme
andar sozinho; outro que acredita o mundo é uma grande vagina; outro que não
sabe se expressar, a não xingando ou usando palavras que remetem ao seu pênis
ou de outrem – aliás, nesse ponto acho muito interessante os homens: abominam o
homossexualismo, entre homens ou entre mulheres, mas falam do pênis alheio o
dia todo ou odo seu, como se isso fosse dar-lhe o prazer que não consegue ter.
É, homens, não todos – claro-, mas uma porcentagem razoável da
população destes não conseguem equilibrar as palavras com as ações no que se
refere à mulher e ao seus testículos. Grande coisa tê-los, qualquer animal
macho os têm. Também não é lá grande coisa transar já que qualquer ser vivo,
dotado de corpo, o faz. Até as plantas, se virmos sob um aspecto peculiar. Mas
parece que alguns ainda não se deram conta desse pequeno “detalhes”.
E aí, as mulheres, “maravilhadas” com esses dotes do novo-antigo
homem, acabam optando por acabar os relacionamentos em períodos regulares para
ver se algum já superou a fase primária em que o centro do universo está entre
as pernas. Difícil. Então os relacionamentos fracassam. Até por que, para ouvir
palavrão, ter sexo ruim – bom mesmo só na imaginação de alguns, já que na
prática não diferenciam uma mulher de uma boneca inflável de filme pornô -, exercitar
a falta de educação e cultura e ter péssimos hábitos, ninguém quer, nem mesmo a
pior prostituta da terra.
Justifica-se todas essas primorosas qualidades com a desculpa regional
ou que não teve educação adequada? É evidente que não. Frescura se aprende.
Sexo, já se nasce sabendo. Pronto.
A ilusão de que mulher gosta de homem afrescalhado não encontra fundamento
nem no mundo homoafetivo, quanto mais entre o mundo sem paredes. A verdade, é
que gostam mesmo de umas frescuras, de achar que mulher é balde de esperma – e ignorante.
Tem relacionamento que aguente isso?
Senhoras, que são mães, não criem seus filhos. Eduque-os e acrescente
na cartilha o item “Como tratar e cuidar de uma mulher”, pois acho que raros
conseguem comprar um comprimido que faça passar as cólicas, ou que sabe usar o
sexo em benefício dos dois, ou ainda que saiba a hora de ser inteligente e a de
ser espontaneamente relaxado com o vocabulário.
Mulheres, sempre queridas e algumas lindas, não aceitem menos que o
que merecem.
Os relacionamentos estão cada dia piores, com remessas de frescuras e
ociosidade sempre em alta.
Comentários
Postar um comentário
Após análise, seu comentário poderá ser postado!