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A conservada dos conservadores

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Prestes a completar dezoito anos, a família planeja dar-lhe um notebook. Muito louvável o pensamento de que a " menina " de um aparelho para estudar - inclusive para o enem. A família faz-lhe os seus gostos - comida vegana, transporte urbano por Uber , tolerância a um namoro de benefícios questionáveis e manhas que não cabem em uma ordinária descrição são o piso sobre o qual edificam um comportamento autodestrutivo, em vários aspectos. Agora esqueceram que a mocinha perde-se entre a casa e a escola e é encontrada horas depois na casa do namorado (e só o pai nem sonha com isso), não tem disposição para estudar nem o abc do ensino médio e a própria casa não sabe o dia que foi varrida. Mas a bichinha merece um notebook para estudar, durante o dia, porque durante  a noite ela vai estudar virtualmente o que já está cansada de estudar no namoradinho mais velho. E o que isso tem de mais? Na verdade, nada, não fosse o fato de o referido núcleo familiar não se arvorasse...

Re-seleção social

Há quem diga que ficar em casa é ruim. E a maioria que fala isso está nas classes econômicas c,d, e e são muito suscetíveis à influência da mídia sensacionalista. São pessoas que têm dificuldade em reconhecer um livro ou não sabem exatamente o que fazer com ele quando tem um na mão. Desesperam-se por nada e escondem seus problemas reais com fanatismos e achismos temperados com lives, como virou moda entre os cantores populares do Brasil. O povo, os pobres que creem-se ricos e os miseráveis que creem-se classe média, estão apalermados entre declarações desconexas de um Presidente sem noção de tempo e espaço e os comentários dos novos biomédicos que surgiram com a pandemia e que são formados nas faculdades de redes sociais. O que atemoriza essas pessoas não é o medo de infecção pelo novo coronavírus. É a realidade exigir cada vão detalhe que faz de vidas insignificantes a rotina do trabalho servil. Casamentos falidos que se sustentam pelo distanciamento, viciados que não podem esco...

As bichas da encruza

Ali na encruzilhada, em uma das esquinas, três gays travestis estão batendo ponto. Nunca apareceram por essas bandas e com a quarentena é de se supor que a clientela tenha diminuído e como ali na esquina é ponto de venda de entorpecentes, capaz de não só se reabastecerem com a felicidade ilícita como ainda descolarem uma rasgada anal de algum cara ocioso (que não falta no referido ponto) e cioso de sua necessidade carnal de um buraco qualquer. Tem um magro com roupas banais, um com cabelos longos com luzes com roupa tendendo ao vulgar e outro igualmente ordinário e sem nenhuma expressividade. Lá, na sagrada encruzilhada, virou ponto de bicha puta, não bastando toda a droga que escorre. E dizem que farão jejum para salvar o Brasil do novo coronavírus. Pelo que se vê nessas áreas periféricas, pobres, amundiçadas é que o Brasil não precisa de livramento de vírus nenhum - precisa é de uma banho de civilidade política, social, histórica e econômica. ___________ Acesse e le...

COVID-19: Fake news de um presidente à renúncia

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Foto: recebida de leitor.  As fake news, tão próprias do governo Bolsonaro , continuam sendo espalhadas por todo lado. Umas são desmentidas e desmascaradas no Twitter, que baniu algumas postagens do mandatário brasileiro por colocar em risco a saúde e a vida daqueles a quem devia proteger. Nas redes sociais chegam dezenas de mensagens falsas que têm o objetivo de espalhar o pânico e o ódio contra a esquerda e contra aqueles que, em meio a essa crise pandêmica, estão tentando minimizar as perdas e os riscos. De hora em hora, minuto a minuto, a indústria do ódio e das fake news encontram motivos para disseminar seu veneno entre fracas e incautas mentes. Hoje, após várias lideranças políticas pedirem a renúncia de Jair Bolsonaro, mensagens conspiratórios envolvendo a esquerda começaram a ser espalhadas pelos apoiadores de Bolsonaro. Isso era esperado. Enquanto tentam salvar um governo virulento e sifilítico, o país caminha às cegas, com dados oficiais sobre o pandemia ...

O presidente de ferro

Quando a Índia coloca 1,3 bilhão de pessoas em quarentena e Londres enrijece as medidas de prevenção ao novo coronavírus, o Presidente eleito do Brasil chama seu povo, principalmente aqueles que o idolatram, a sair às ruas porque a imprensa é histérica e os governadores e prefeitos são, aos olhos do Presidente e militar, irresponsáveis. No país de Jair Bolsonaro o coronavírus e seus efeitos não passam de leve gripe sazonal. É o que também crê os financiadores da campanha de Jair Bolsonaro - o dono da Havan, do Giraffas e do Madeiro, por exemplo. O pronunciamento do Presidente nas cadeias de rádio e TV nacionais demonstra claramente o desrespeito do atual chefe do Executivo para com a vida dos brasileiros, seus eleitores ou não.  Nas redes sociais e nos grupos do WhatsApp já há quem o defenda, como sempre. No Congresso Nacional, por milagre, já há quem possa tomar decisões e que o repudia, bem como seus insanos depoimentos públicos . Amanhã os shoppings centers pod...

O coronavírus no Rosa Elze

Em dias de quarentena o pior que se pode fazer é sair às ruas e ter contato humano - não pelo vírus, pela baixeza das expressões humanas populares. No país Rosa Elze, o coronavírus está em outro patamar - naquele em que a maior preocupação é pagar as contas mesmo e tentar sobreviver, como ocorria antes da pandemia. Na loja do GBarbosa do Eduardo Gomes apenas 50 criaturas podem estar dentro da loja. Tudo bem, é medida preventiva. O problema está na porta, com a atendente de máscara apoiada no queixo e luvas que em tudo pega e que é usada para coçar olhos, nariz e pele do rosto. Da porta para fora, a fila se agiganta e a distância mínima não é respeita porque ninguém quer ficar ao sol ou mais distante da porta que dá acesso ao paraíso do bairro. A agente de saúde, parada no meio da rua e gritando, entre críticas ao governo estadual e federal , tenta fazer com que as pessoas tenham consciência, principalmente os idosos que estão beirando a senilidade, constatada a cada palavra por...

Dias de quarentena

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Foto: mensagem de Golpistas.  Os primeiros dias de quarentena tem de tudo. Na rua tem os vizinhos que estão fazendo festa. Em casas alternadas há aglomerações de pessoas dançando brega funk , arrocha e funk, bebendo, fumando e comendo. Rosa Elze, Rosa Maria e Jaçanã parecem estar em festa em homenagem ao novo coronavírus e à devastação que ele pode causar. Na política , dá para acompanhar a ciumeira e a politicagem que ocorre no baixo Distrito Federal. E nada melhor que ter tempo para acompanhar como os nossos representantes estão gastando o nosso dinheiro suado e virulento. Até agora essa "gripezinha" tem evidenciado que o Brasil é guiado por representantes mais despreparado que os doutores professores universitários. Enquanto o mundo enlouquece entre teorias conspiracionistas, loucuras sociais e farpas políticas há os golpes engendrados para arrancar o dinheiro de que já não tem nem como pagar as contas. Mensagens de texto enviadas a celulares não cadastrados...