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Mentalmorfose

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Correção: o Nome do autor é Elton, e não Edson No ano em que as previsões eram as mais pessimistas: o mundo que, dizem, vai acabar – e já acabou mesmo para alguns assassinados-, que o planeta vai ser degelado e os alimentos vão ser escassos para a nobre família humana, que a economia vai de mal a pior e que os protestos chegam a destituir ditadores e presidentes, outros são depostos sem mesmo reinvindicações. Em um panorama desses, a arte faz a festa centenária e de inovadoras obras. No 2012 corrente, Eu, de Augusto dos Anjos, o célebre Jorge Amado, o Rei do Baião, Gonzagão,  entre outros personagens e obras, completam cem anos. Com uma obra sempre atualizada e prestigiada por todas as gerações que se seguem. E em um contexto tão dual, tão rico de experiências e eventos, não é de estranhar que outras tantas obras surjam sobre a terra para divertir e abraçar os pensamentos voadores de toda a humanidade, começando a fazer da história e da vida um campo alegre e exp...

Um dia sem sol

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O dia nasceu com nuvens pesadas sobre a índia nua da Moreno Brandão, em Palmeira dos Índios. Essas nuvens, junto com certo frio suave que convida a todos para o aconchego da cama quentinha ou de uns braços queridos! Na antevéspera de São Pedro, o sol não surgiu entre as serras e a Índia, de bronze, fria e voluptuosa, clama por admiradores neste dia tão incomum na terra de todos os amantes. E quantas são as mãos que exigem carícias no corpo nu de uma mulata nativa? Enquanto o friozinho invade os pulmões e a preguiça toma-nos de assalto no trajeto entre o sofá e a alcova, o pensamento viaja até outro lugar, em outra época, em outras situações e retorna para o presente onde os fantasmas alegres do inverno acalentam as inúmeras lembranças. E as rosas? Praça Moreno Brandão  Estas delicadas senhoritas que habitam as estrelas e as intimidades pessoais e particulares são os criaturas mais belas do inverno e que requerem um maravilhoso cuidado, um alegre gastar de tempo e tal...

São João

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A festa de São João é realmente surpreendente! (...)Não é coisa de momento, raiva passageira Mania que dá e passa, feito brincadeira O amor deixa marcas Que não dá pra apagar(...)                                                  Fagner Sexo oral ao vivo em show, no Piauí! Se em uma praça, têm-se os presentes que o destino traz, em um galope apressado. Presentes que podem ser pessoas, fatos, abraços, beijos, mágoas contidas, sorrisos forçados e uma casca que se diverte como ninguém. E pode a praça não ser tão independente, nem tão boa como em outros tantos lugares. No entanto, é o lugar onde se deve estar uma vez que o que se quer de verdade só pode ser dito e sentido com profundidade através de uma boa toada! Nesses shows abertos ao público geral acontece de tudo: de cachaça mal tomada à sexo oral no palco. Bom, as duas coisas são boas e passíveis d...

Minha Casa, Minha Corrupção

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A casa própria é o sonho, ainda, de uma centena de brasileiros, independente da região geográfica. E para que o Brasil se torne um país sem miseráveis e sem os problemas decorrentes de toda a pobreza, o governo da Presidenta Dilma Roussef tem trabalhado para assegurar uma moradia digna a todos e, principalmente, para as futuras gerações. No entanto, o egoísmo e a mesquinhez do “jeito brasileiro” nunca para de onerar uma conta que é sempre cara para a coisa pública. O programa Minha Casa Minha Vida tornou-se mais um meio de corrupção, apesar do controle existente. E os corruptos?  A nobre população que insiste em difamar os congressistas e fazer os mesmo tipos de maracutaias. Na chamada Princesa do Sertão, em Alagoas, os candidatos às casas do Programa não são exatamente pessoas que necessitam. Muitas delas possuem casas na capital alagoana, na própria Palmeira dos Índios e em cidades vizinhas. Possuidores de bens que valem o preço das casas a construir e que levam uma vi...

Pobre usurpado

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Foto: da internet. O pobre não tem mais lugar no mundo, embora nunca tivesse. Entretanto, tomou dos miseráveis sua identidade, a pouca que lhes restava nas longas caminhadas por este mundo estranho e desencontrado. Retirou dos pobres a única coisa que restou depois das habituais humilhações e das inúmeras perdas que marcam a trajetória de pobres e miseráveis. Primeiro, trocaram os adjetivos válidos por eufemismos. Pobreza passou a ser humildade. Comunidades paupérrimas passaram a ser chamadas de Comunidades Carentes. Depois, começaram a furtar, à mão armada e à luz do dia, seus costumes, aliás, seus raros meios de vida. As Havaianas, usadas por uma massa de miseráveis, principalmente dos pobres nordestinos. Tornaram-se, as Havaianas, coisas de luxo para as classes emergentes e para os ricos e famosos. Os miseráveis, coitados, não podem mais comprar as Havaianas, que “todo mundo usa”. O Xadrez, típico do nordeste e das festas juninas, também foi usurpado. Tornou-se item chi...

O inverno chegou, cuide das rosas

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“Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce de noite olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas”.                                                                                                            O Pequeno Príncipe A noite, como uma bruma, cairá em uma não tão inesperada tempestade: de frio, de escuridão, de sonhos. Nos trópicos, o inverno chegou com toda a grandeza de um senhor governador que faz das terras quentes do Brasil um paraíso oscilante entre a frieza dos ventos invernais e a qu...

Um desgosto? uma saída no açude

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Praça do Açude - Atual Na terra de todos os indígenas o amor que renomeia as praças e os segredos fazem dos palmeiríndios são piores que o elétron:  onda e matéria, depende da situação. De repente, não mais que de repente, alguém se joga dentro do açude, lamacento, putrefato, histórico. No centro da cidade do amor (?) muitos jogaram suas vidas nas águas paradas do açude que banha as ruas do centro da cidade, nas raras chuvas fortes que acontecem. Para se jogar dentro da boca de lobo municipal é preciso coragem. Ninguém merece morrer em meio à lama, no entanto, se a cachaça não for o suficiente, se a uma desilusão amorosa não for suficiente, se a falta de dinheiro for pequena e não for suficiente, se tudo parece terrível, pense em se jogar dentro do açude palmeirense. De repente, poderá não encontrar doze virgens na pós-mortalidade. Poderá, entretanto, encontrar-se sujo de lama e de arrependimento por ter entrado em uma sepultura tão decadente. Apesar de todas as “qual...