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Oposição acadêmica

As revoluções provocadas pelo bolsonarismo no Ministério da Educação só perde, em atenção, para o silêncio e a passividade dos sindicatos ligados aos servidores públicos civis da União ligados às Universidades e Institutos Federais. Por muito menos, em governos anteriores, esses representantes fizeram greves por meses , marcharam à Brasília para balir no Congresso Nacional e mobilizaram a comunidade acadêmica interna e externa a cada instituição. Com a recente onda de " ataques " à educação brasileira  e os discursos de ódio do bolsonarismo o máximo que os sindicatos têm feitos são meras notas de repúdio - palavras ao vento que não atingem nem a própria comunidade acadêmica - e algumas passeatas quase inexpressivas. Atitudes que seriam classificadas como infantis e inúteis por Johann Heinrich Amadeus de Graaf.  Como bem pode ser ouvido nos corredores dos prédios administrativos da Universidade Federal de Sergipe, os sindicatos estão esperando e articulando a ação da...

O povo nas ruas

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Foto: ataque da imprensa criminosa ao povo no Twitter. O sol nem havia raiado e os manifestantes já tomavam a avenida Marechal Rondon, em cujas margens se localiza a garagem dos veículos de transporte coletivo na região metropolitana de Aracaju. O silêncio do fim da madrugada começava a ser rompido com a luta dos trabalhadores e estudantes contra o desmonte da educação, dos direitos trabalhistas adquiridos e contra um governo com ares ditatorial e fundamentada em conspirações.  E se de um lado havia o povo nas ruas, manifestando e exprimindo sua vontade, do outro havia o The Intercept lançando à luz a máfia de Sergio Moro e a corrupção no judiciário brasileiro. A imprensa marrom, as organizações Globo e suas subsidiárias e controladas, atingida em cheio pelas reportagens do The Intercept , começou seus ataques aos manifestantes  - o que é sempre de se esperar quando o povo não está manipulado pelo Jornal Nacional . Não importa o que esses jornais tentem argument...

Efeito Brasil

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As manifestações de rua promovidas pelas centrais sindicais e Institutos e Universidades federais é um reflexo do que se pode chamar de "efeito Brasil", que é quando o povo, movido por interesses alheios ao bem-estar social, político e econômico da sociedade promove e ajuda a promover a queda ou as fraturas em um governo apenas para ter a quê se opor.  O "efeito Brasil" pode ser observado durante o governo Dilma em que o povo, quase em sua totalidade (é só tomar por base os eleitores de Jair Bolsonaro ), apoiou o impeachment da presidente apenas como forma de se dizer politizado e historicamente alfabetizado. Os efeitos do que se chamou "golpe político", e que depois realmente se configurou e se confirmou no golpe político, foram reformas e medidas em que os avanços conseguidos nos governo Lula e Dilma fossem retrocedidos. A marcha do golpe e da corrupção que dele se agravou resultou não apenas em decretos e atos do governo golpista de Michel ...

Os Passos da Nova Ditadura (6)

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Foto: manifestação contra os bloqueios na educação.  06/05/2019. Arquivo pessoal. O governo federal pode fazer o que bem entender, como o governo Temer que privatizou a Eletrobras Alagoas mesmo sob protestos dos funcionários. No entanto, não pode esperar que a oposição, e mesmo parte da situação, fique inerte ante as decisões, polêmicas e degradantes, que são tomadas no Palácio do Planalto. O anúncio de cortes de, no mínimo, 30% no orçamento das universidades e institutos federais e o bloqueio de 2,4 bilhões da educação básica provocaram uma série de protestos e manifestações organizadas por todo o país, uma vez que inviabilizará todo o processo educacional no país. O objetivo, claro e incontestável, é a privatização da educação - setor ainda não terceirizado e que atrai todo os empresários famintos por dinheiro fácil e certo.  E, pela primeira vez, estudantes, técnicos administrativos e professores, com suas respectivas representações, uniram-se em uma greve anunci...

Ocupações - a quem serve?

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Fonte: imagem da internet O mundo girou e a moda passou a ser fazer protesto. A sociedade parece enlouquecida e nada parece que poderá salvá-la do abismo da imbecilidade que corrói o bom senso e capacidade de pensar de maneira crítica e muito observadora. Depois dos protestos que não eram por R$ 0,20 e depois da mobilização pelo impedimento da presidente eleita Dilma Rousseff, a classe dominante e pensante do país, que é pequena, agora domina as mentalidades fracas para "lutar" pelos interesses de quem não quer dar a cara a tapa. São alunos do ensino médio que ocupam escolas e não sabem as razões que motivaram as ocupações e que, em sua maioria, apenas repetem argumentos formulados por outrem sem refletir sobre a realidade e qual será o real impacto das medidas do governo federal na educação, cultura e saúde. Nas universidades o cenário é dual: existe o movimento de ocupação e o movimento de contraocupação, que luta pelo direito de exercer a própria opinião e ter aula...

Trabalho que se escolhe, amanhã só!

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O trabalhador, seja o que segura uma caneta ou o que carrega uma ferramenta sobre as costas sob o sol de todos os dias, tem seus direitos assegurados por lei, ou é o que parece. O que chama a atenção não é a lei tal, CLT de 1º de maio de 1943, ou a falta de equiparações, como a correção contínua do salário mínimo. Mas a impossibilidade de oxigenação dos meios de produção, intelectual ou industrial, pelas Empresas brasileiras. Indivíduos que são obrigados a usarem terno e gravata no escaldante sol do nordeste ou que, podendo realizar suas atividades em casa, são obrigados a bater ponto apenas para mostrar que a Organização é hierarquizada e cheia de regras. Nem sempre regras são suficientes. Essa é uma discussão que precisa ser iniciada, polemizada, minimizada e colocada em prática. Somente com novas ideias é possível inovar e produzir mais. É óbvio até para uma criança. Entretanto, a grande ironia está na relação povo-governo. O Partido dos Trabalhadores, que tanto lutou em mob...

Mais uma Greve Geral

Estava analisando a tal da Greve Geral que pretende parar o País nessa quinta-feira, do ponto de vista prático. Mas não tem nada prático. A classe dos docentes, das Universidades Federais, não apoiaram as manifestações passadas. As demais também não. E agora forçam todos a parar como se isso fosse um desejo geral. Convenhamos, existe muita gente reclamando de “barriga cheia”. Alguns serviços, se não pararem por completo, irão ter suas atividades inutilizadas. Outros, que já são deficitários pela incompetência habitual, nem terão sua ausência tão notada assim. Por outro lado, essa tal Greve Geral é apenas para que digam que as manifestações passadas são ou apoiadas ou fruto da insatisfação dessas classes que se mantiveram omissas e alheias enquanto o povo, principalmente os estudantes, lutavam por melhorias na Educação, Segurança, Transporte e outros. Greve Geral... talvez fosse melhor dizer comodismo geral e partidário cujo único objetivo são as eleições do ano que vem; ou, quand...