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Dos grupos virtuais

Em um desses inúmeros grupos de inutilidades e futilidades que nos colocam sem expressa permissão e que somos obrigados a permanecer por um tempo mínimo para não causar constrangimentos alheios acontecem as mais diferentes asneiras e loucuras gráficas. Dia desses começou uma discussão, em um desses grupos, sobre o baixo valor das ajudas de custos que uma certa instituição de ensino pretende fornecer aos discentes. Entre fervorosas defesas e aplausos virtuais alguém jogou na roda de debate: o que é Cadúnico? E então, para os entendidos e os que precisam desse cadastro, a discussão  os aplausos, o fervor - tudo acabou da mesma maneira que começou, repentinamente. Isso porque se uma pessoa que sequer sabe o que é o Cadúnico jamais poderá compreender como ajudas de custos, bolsas de apoio à permanência acadêmica e todo o aparato que o Estado pode e deve fornecer aos discentes em vulnerabilidade social são fundamentais para a redução da desigualdade social e o desenvolvimento da socieda...

Proteção à Infância

Recebi, por WhatsApp, um vídeo interessante sobre abuso sexual envolvendo crianças. Interessante, brega e desprovido de bom senso, mas válido para a intenção a que se propõe. A questão não é o vídeo. É a hipocrisia daqueles que se dizem defensores de crianças e adolescentes e que dizem militar contra o abuso sexual e moral e o trabalho infantil. Conheci alguns conselhos tutelares e candidatos a conselheiros tutelares e, evidentemente, conselheiros tutelares e cheguei a conclusão, depois de muita conversa e observação, que não há efetivamente, ao menos até onde pode chegar meu conhecimento empírico, conselhos tutelares eficientes e preocupados com o bem-estar de crianças e adolescentes. O que vi foi indivíduos que usam da máquina tutelar para galgar cargos no legislativo municipal ou ter algum tipo de influência que lhes confira poder além de um dinheiro fácil.  E tudo pode ser resumido nisso - poder e dinheiro fácil. As crianças e adolescentes vulneráveis são tratados como um...

A graça dos roedores

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Foto: Cassaco no Jasmineiro. Ifal-Palmeira dos índios. Cledson Ramos. Um dos jasmineiros do campus do IFAL – Palmeira sempre atraiu os ratos e os seus familiares mais íntimos.  Em um passado não muito distante ratazanas andavam com as flores do jasmim no cabelo, exibindo aquela cara de drama e de romances à Nicholas Sparks, com um apimentado dramático de Stephenie Mayer. As ratazanas juvenis sempre gostaram das cores dos dois jasmineiros. Outro dia estava olhando para as primeiras flores dessa estação , em um fim de tarde, quando mensagens apareceram no meu WhatsApp, vinda pelo túnel do tempo, para lembrar que as ratazanas, assim como seus parentes mais próximos, fuçam até não poderem mais. Esses bichos são muito engraçados, principalmente quando crescem. Agora, pego com o rabo entre as pernas, o pobre cassaco vê-se descoberto nas suas peripécias. Muito bem fotografado, o pobre parece não ter aprendido com as fêmeas que passaram antes dele – a nunca deixar-se ser pega c...

Palavras demais

“Que as palavras caiam de forma que for – que elas possam atingir o amor obliquamente.” William Carlos Williams, Paterson . A era do WhatsApp mudou a maneira como nos relacionávamos. Quando era apenas o bate-papo do Facebook, quando você podia olhar ou não e tudo estaria bem, todos ficavam bem e os relacionamentos seguiam seu caminho com a graça e as aflições características de um certo distanciamento. O imediatismo do WhatsApp mudou a nossa percepção sobre o tempo de espera para a resposta das mensagens e desenvolveu a impaciência obsessiva sobre o outro. As palavras não apenas aparecem – elas caem em avalanche sobre nós com mais frequência do que podemos responder e pensar antes de responder. O resultado óbvio é o desastre nas relações sociais. As palavras atingem o amor, o ódio, o desprezo e varre tudo o que possa existir depois deles, inclusive a possibilidade de sopro depois da mordida. E quando morder é tudo o que sabemos fazer, o que resta quando só o cara...

Deus na internet? Eu sou ateu

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Existe uma imbecilidade disseminada por aí que diz que se você se recusar a participar de grupos nas redes sociais e em aplicativos, como o WhatsApp, destinados à adoração burra à divindade que nos criou - Deus - terá um castigo imediato, o desagrado dos "amigos" e cristãos. Se for por essa linha de raciocínio, eu não tenho o perfil OFICIAL de Deus no twitter, facebook, VK, Tumbrl e nem o seu número pessoal para adicioná-lo  ao meu WhatsApp e, portanto, quaisquer bobagens dessas que são veementemente propagadas por aí considero uma perda de tempo, energia e transferência de dados. Não serei salvo no tão esperado Juízo Final por ter compartilhado uma imagem de um homem segurando uma criancinha sobre uma legenda pouco inteligente; nem estarei condenado ao mármore do inferno por não estar atrelado a um grupo de semianalfabetos que acreditam realmente que um grupo denominado Eu amo DEUS seja o portal para bendizer seja lá quem for, principalmente se o interessado sequer...

No tempo da rede

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foto:  www.bandeirantes820.com.br A velocidade da sua conexão com a internet pode influenciar nos seus romances, não tenha dúvidas disso. O whatsApp pode revelar que a pessoa do outro lado, que está fazendo qualquer coisa em qualquer lugar, pode não querer falar muito, pode estar querendo paz, pode ter notado que essa seria uma “relação sem futuro”. Basta ver as reações do receptor ao visualizar a mensagem. O Facebook, rede social que tem caído no erro de promocionar propagandas ao invés de interesses reais dos participantes, propõe, entre curtidas, que o ciúme seja protagonista, nunca coadjuvante. Além disso, é o outdoor dos carentes, inseguros e pretensiosos. O twitter, o passarinho azul de 140 caracteres, salva-se por não querer nada mais que ser um microblog. Apesar de todos os defeitos das redes sociais, o pior mesmo é quando a conexão cai e as pessoas se veem sem poder refugiar-se na virtualidade das ilusões que podem ser curtidas, compartilhadas e retuitadas....