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A ex-beata de São Pedro

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Foto: Praça do Açude.Palmeira dos Índios. Imagem da internet Trancada em casa, procurando esconder-se dos próprios demônios, ela se remoía em inveja das antigas amigas que, mesmo tendo alarmantes dificuldades, podiam dar-se ao luxo de discutir, rir e planejar atividades com a família. A fogueira de São Pedro, queimando sob a chuva fina, esfumaçava a rua, as casas, as roupas, a vida dos infelizes solitários que, como ela, não tinha nada além de fofocas e de vis combinações secretas para aplacar o fardo de uma vida infrutífera. A ex-beata de São Pedro, tendo envelhecido como um papel velho abandonado à ação da poeira e das traças, agora tinha que remoer um marido ausente, um punhado de "amigos" oportunistas e uma miríade de arrependimentos. Mas agora, escrava das próprias combinações vis e secretas, tinha que amargar a solidão na fria e imunda casa. Os "amigos", em orgias sodomitas e em prazeres corriqueiros, não só a renegaram, como a baniram de qualquer ti...

Olhaí, Pedro!

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Comprei sururu, camarão, fiz batida de caju Dancei rumba e até maracatu, pra te fazer feliz Fui até Natal, Salvador, Paraíba, Macapá Em Belém você quase passou mal E eu te fiz feliz E você não gosta mais de mim Vem dizer que eu não soube dar amor E achar que a vida é mesmo assim Cada um leva um barco sofredor Anjo Querubim, Saia Rodada Pedro, o último Santo homenageado em junho, é também o mais marginalizado. Coitado de Pedro! Dizem: Santo Antônio! e comemoram o Dia dos Namorados. Gritam: São João! e a festa corre solta noite adentro com o forró, estilizado ou não, a varrer praças, salões e chão de barro. Mas e Pedro? Bom, o dia de São Pedro é comumente chamado São João mesmo. Ninguém tem um “amor” ao qual homenagear, ninguém se importa muito se Pedro é João. O obsoletismo tomou conta dos últimos dias de homenagem desde que a consciência tomou conta do homem. E essa é uma tragédia que anunciou muitos eventos destrutivos: o forró cada...

Dias de junin

Finalmente junho! O tão saudoso e anualmente repetitivo mês junino apresenta-se em 2014 com a carga de um mundial futebolístico nas terras brasileiras, com a pressão de uma eleição presidencial, com greves convenientemente planejadas para os dias de jogos e de repercussão de propaganda política. É o mês em que todos os nordestinos, e turistas que conhecem o nordeste, esperam com animosidade e paixão pela cultura da região. Comidas típicas, danças regionais, motivos para ser simples são algumas das razões que fazem de junho o mês de maior espera. E vez ou outra acontece de a normalidade junina ser perturbada com a globalização e massificação de eventos passageiros, sem grande valor para o cidadão comum. No caso: Copa do Mundo, Olimpíadas... Em outras, em períodos regulares de quatro anos, as eleições para o Chefe da Nação provocam apenas um pequeno movimento, sem prejudicar muito a ordem estabelecida pelos santos. Aliás, falando em santo, quase ninguém lembra que os tais São J...

Um dia sem sol

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O dia nasceu com nuvens pesadas sobre a índia nua da Moreno Brandão, em Palmeira dos Índios. Essas nuvens, junto com certo frio suave que convida a todos para o aconchego da cama quentinha ou de uns braços queridos! Na antevéspera de São Pedro, o sol não surgiu entre as serras e a Índia, de bronze, fria e voluptuosa, clama por admiradores neste dia tão incomum na terra de todos os amantes. E quantas são as mãos que exigem carícias no corpo nu de uma mulata nativa? Enquanto o friozinho invade os pulmões e a preguiça toma-nos de assalto no trajeto entre o sofá e a alcova, o pensamento viaja até outro lugar, em outra época, em outras situações e retorna para o presente onde os fantasmas alegres do inverno acalentam as inúmeras lembranças. E as rosas? Praça Moreno Brandão  Estas delicadas senhoritas que habitam as estrelas e as intimidades pessoais e particulares são os criaturas mais belas do inverno e que requerem um maravilhoso cuidado, um alegre gastar de tempo e tal...

São João

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A festa de São João é realmente surpreendente! (...)Não é coisa de momento, raiva passageira Mania que dá e passa, feito brincadeira O amor deixa marcas Que não dá pra apagar(...)                                                  Fagner Sexo oral ao vivo em show, no Piauí! Se em uma praça, têm-se os presentes que o destino traz, em um galope apressado. Presentes que podem ser pessoas, fatos, abraços, beijos, mágoas contidas, sorrisos forçados e uma casca que se diverte como ninguém. E pode a praça não ser tão independente, nem tão boa como em outros tantos lugares. No entanto, é o lugar onde se deve estar uma vez que o que se quer de verdade só pode ser dito e sentido com profundidade através de uma boa toada! Nesses shows abertos ao público geral acontece de tudo: de cachaça mal tomada à sexo oral no palco. Bom, as duas coisas são boas e passíveis d...

Festança Junina, oxi!

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A festança nos trópicos brasileiros começou e será um mês de comidas típicas, uma  milharada, danças regionais, forró - a mais evidente, e muita diversão para todo tipo de gosto. O nordeste é o berço dessa festa toda e da mais clara e contagiante manifestação popular do Brasil. Se o poder emana do povo, as festas juninas é a bandeira de todo esse poder e do que a aglomeração popular é capaz de fazer. Da Bahia ao Maranhão, o povo irá cair no forró, mesmo que o decadente forró eletrônico, em uma contagiante chama que sempre foi capaz de fazer parar qualquer atividade nas terras de grandes personalidades- o nordeste. Cada estado com suas riquezas e suas tradições, esbanjando cultura e conhecimento, lendas e artesanatos, sorrisos e muita história para uma reveleção inesperada nas noites em que os três Santos são festejados. Embora as datas sejam fixas e poucas, nada impede que todo o mês de Junho seja uma continuação interminável de comemoração. Infelizmente, as festas junina...