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Mostrando postagens com o rótulo Rio de Janeiro

O 07 de setembro

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A comemoração dos 197 do memorável Grito da Independência do Brasil foi manchado pela corrupção e pela exaltação do governo bolsonarista à tortura, à ditadura e à censura. Vivendo um momento de grande turbulência, em que uma nova ditadura em terras brasileiras se instala à luz das manifestações em contrário, o Brasil, de fato, não tem nada a comemorar. O 07 de setembro no planalto central teve a participação, no palanque oficial, de um dos líderes religiosos mais ricos do país, Edir Macedo, e do Homem do Baú, Silvio Santos. Estado laico? Desinteresse? Honestidade? Não-populismo? Sob as denúncias de Bachelet na ONU, o Brasil teve sua realidade exposta e a resposta de Jair Bolsonaro foi simplesmente exaltar o sanguinário Pinochet (veja o vídeo).  Enquanto Jair Bolsonaro fingia estar sendo amado na parada cívico-militar no famigerado 07 de setembro, as ruas inflamavam-se contra a nascente ditadura bolsonarista (veja o vídeo).  No Rio de Janeiro, ness...

Os passos da Nova Ditadura (9)

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A cada dia estamos mais perto da efetivação dessa ditadura bolsonarista que emerge das profundezas do que de pior existe no Brasil. No Rio de Janeiro, o governador sobrevoa comunidades pobres atirando em cidadãos e provocando o terror em cidadãos, principalmente crianças. Na capital, o bispo e prefeito manda autoridades municipais censurar obra literária para "proteger as crianças e adolescentes" - o prefeito invadir a Bienal do Livro para censurar o livro é a maior prova que o Brasil vive o início da era de censores, agora com o acréscimo que esses sensores são também "religiosos" da Igreja Universal do Reino de Deus.  Com a bandeira conveniente da defesa das Crianças e Adolescentes, o governo de Jair Bolsonaro agora impõe, nas palavras do próprio presidente, a militarização da educação básica em todo o país. E enquanto há cortes sobre cortes no orçamento das universidades e da Capes, o governo decide "investir"  1 milhão de reais em cada escol...

Não nos importa a seca do sudeste

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Foto: blog do manxxxa A seca nos estados do sudeste é um problema deles. O nordeste aprendeu a conviver muito bem com as dificuldades provocadas pela seca, desde que o Brasil é Brasil. Pode parecer insensibilidade, mas é somente o reflexo de quem só tem água durante 3 ou 4 dias por semana e que mesmo assim não faz alarde de uma pretensa desgraça. E quando a água não chega nesses 3 ou 4 dias, sem desespero, espera para o próximo chiado da torneira. O que preocupa o nordestino não é a água - é o aumento na conta de energia, a alta das taxas sobre produtos, a corrupção, a violência. Além disso, é o carnaval e suas atrações, os blocos carnavalescos, a poesia, a arte, as praias, os animais assassinados por vizinhos desprezíveis  - como foi no NEAFA. Tudo isso ocupa nossa cabeça.  A água? Não nos falem de água, que esse é um tema em que nos doutoramos e já faz tempo que deixou de ser "pauta grave" 

Bolsa Família - pare de achincalhar

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foto: mundodastribos.com O Bolsa Família é o programa mais agredido da nossa história, depois da segunda redemocratização. Através dele, milhares de mulheres, muitas das quais mães solteiras e chefes de família, conseguiram fôlego para impulsionar a educação dos filhos – aquelas que têm perspectiva, pelo menos; homens e mulheres passaram a ter a oportunidade de mudar a vida da prole com o extra proporcionado pelo Governo Federal. Semelhante ao Bolsa Família, tem-se, entre outros,  o Seguro Defeso e o Bolsa Estiagem. Programas que, igual ao Bolsa Família, permitem a sobrevivência de produtores, pescadores e de suas respectivas famílias. Então, por que tantas agressões para o Programa que atende a milhões de famílias e que tem seus reflexos ainda mais abrangentes? Simples: O Bolsa Família é destinando a quem não consegue produzir, por um motivo ou outro; a quem está em situação de miséria; a quem precisa complementar a renda de forma regular. Em suma, é um programa para o...

Entrevista com Ovídio Poli Junior

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Ovídio Poli Junior A entrevista de hoje é com o Escritor e Doutor em Literatura Brasileira (USP), que invadiu Palmeira dos Índios e região com o Cavalo Probo (Políbio). Ovídio Poli Junior mora em Paraty, onde dirige o Selo Off Flip, que neste ano lançou a 9ª edição do Prêmio Off Flip de Literatura. E em meio a tantos afazeres Ovídio conseguiu um tempinho e  conversou sobre qualidade literária de livros, de como se tornou escritor e sobre produção literária nesse novo mundo tomado pelas redes sociais.  Rafael Rodrigo Marajá: Como é trabalhar com literatura e morar em uma das mais belas cidades do País? Ovídio Poli Junior: Aqui se convive com o arcaico e o moderno, o cosmopolita e o provinciano: na rua vemos carros, bicicletas e carroças, no mar podemos ver velhas traineiras e iates de luxo. Paraty é uma síntese do Brasil e de suas contradições e ainda precisa dar atenção a problemas sociais profundos, inclusive no que se refere ao acesso à leitura. Mas é ...

Demônios da Noite

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A fantasia e a ficção ora andam juntas, de vez em quando muito separadas e ora estão tão próximas que quase não há como saber o que é uma e o que é a outra. Por vezes, um autor, de repente, surge em meio ao caos de publicações e títulos com uma obra que retrata muito bem a realidade dos fatos, como se tirasse um raio-X dos últimos acontecimentos e mescla-os com a fantasia de uma mente brilhante. Capa da Obra E é assim que surge a obra que define o Rio de Janeiro atual, esportista, olímpico, criminoso, combatente, escrita por M. K. Takenaka. Demônios da Noite tem exatamente a medida necessária de uma boa leitura e de uma obra de referência: possui a criticidade sobre os problemas sociais, políticos e econômicos; a medida certa de religiosidade; o punhado necessário de fantasia para envolver os meandros dos fatos nunca divulgados pela imprensa nos principais acontecimentos da Cidade Maravilhosa. Takenaka ousa ao desafiar, no bom sentido, o clássico da literatura vampiresca...

A retirada dos brasileiros: o País como sempre

O Papa Francisco visitou a terra tropical do Brasil, saudou os manifestantes, foi diplomata e solidário como só um Chefe de Estado e um Representante de massas pode ser. Evidentemente que o apoio às manifestações ocorridas antes de sua chegada deve ter deixado o Governo Brasileiro, e a Politicada geral, muito contrariada. Agora sim podem dizer que a Igreja católica apóia as mudanças exigidas pelo povo. Mas, espere um minuto...  O Parlamento brasileiro aprovou alguns projetos polêmicos e que era pauta dos manifestantes. E na última hora, alterou as porcentagens, os valores em reais. Ninguém mais vai reclamar? Algumas cidades, principalmente aquelas que são capitais, reajustaram suas contas e reduziu a tarifa no transporte coletivo, quando não tornaram gratuita para os estudantes, em definitivo. No entanto, o sistema de transporte coletivo ainda está em crise. É só observar Maceió-AL e Aracaju-SE. Nesta última, a cidade está quase parada por que apenas duas empresas estão atu...

O ano mais longo da história

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Dominique LeComte No ano acadêmico mais longo que já existiu, crianças foram concebidas entre o cálculo de curva e a discussão filosófica de tudo o que é permitido e proibido entre as quatro paredes de uma sala de aula universitária. Um período que desafiou a paciência de discentes bem humorados e a sacanagem de docentes mal intencionados. O ano em que o Papa renunciou em pleno Carnaval, em que foi anunciado a construção do Templo Mórmon do Rio de Janeiro, em que inúmeros desentendimentos provocaram vários finais inesperados entre almas não-gêmeas. Um ano que entrou no calendário alheio e fez 13 virar 12 por força das circunstâncias e dos fatos.  Nesses dezessete meses, foram tantas as inovações que surgiram, tantas outras oportunidades que apareceram do inesperado cotidiano, tantas partidas, chegadas e despedidas que somente o tempo fará a poeira assentar sobre os móveis velhos que, como o 2012 que insiste em não terminar, resistem às intempéries. O clima sempre foi ...

Comando Vermelho: A História do Crime Organizado

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Para conhecer verdadeiramente um mal e combatê-lo é necessário saber quais as circunstâncias que originaram esse mal e as consequências que cada medida profilática pode ter na tentativa de extinção do problema e de suas consequências. Nesse contexto, observamos o crime como uma anarquia ao nosso cotidiano, tão singelo e tão repetitivo. Ainda mais, consideramos o crime e suas manifestações como um verdadeiro câncer social. E nossas observações estão certas. O que está errado é o combate a ele e a postura adotada por cada um dos cidadãos e pelas autoridades públicas, representantes da sociedade que as elegeram, frente os desafios que são impostos pelo crime, hoje organizado. Mas não é de hoje que a criminalidade organizou-se e saiu às ruas travando uma batalha civil por espaço e poder. Se pararmos para analisar fatos, e não emoções, veremos que a mistura de intelectuais com o bandido comum, durante a ditadura (e ainda hoje, se considerarmos que cultos e incultos estão confinad...

Sessão: Feriado/ O amor é um Rock/Entre Tapas e Beijos

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