O ano mais longo da história



Dominique LeComte

No ano acadêmico mais longo que já existiu, crianças foram concebidas entre o cálculo de curva e a discussão filosófica de tudo o que é permitido e proibido entre as quatro paredes de uma sala de aula universitária. Um período que desafiou a paciência de discentes bem humorados e a sacanagem de docentes mal intencionados. O ano em que o Papa renunciou em pleno Carnaval, em que foi anunciado a construção do Templo Mórmon do Rio de Janeiro, em que inúmeros desentendimentos provocaram vários finais inesperados entre almas não-gêmeas.
Um ano que entrou no calendário alheio e fez 13 virar 12 por força das circunstâncias e dos fatos.  Nesses dezessete meses, foram tantas as inovações que surgiram, tantas outras oportunidades que apareceram do inesperado cotidiano, tantas partidas, chegadas e despedidas que somente o tempo fará a poeira assentar sobre os móveis velhos que, como o 2012 que insiste em não terminar, resistem às intempéries.
O clima sempre foi de partida, mas uma partida rápida, alarmante, querida e sempre buscada. A diferença dessa partida é que não há fogos de artifícios, não há abraços e reconciliações. Apenas a partida acompanhada de férias!
O clima é de um final de semana tenso pela espera dos resultados anteriores, cujas consequências serão refletidas em benefícios – ou não – ulteriores. O clima é de um fim de mês, mais um final de mês  - sem grandes expectativas, a não ser pelas festas juninas. O clima é de partida e eu não voltarei igual. Voltarei o mesmo, mas não igual. Do dois mil e doze de desencontros, eu certamente não vou olhar para o passado – para as aulas passadas e para os causos e casos passados.
Nesse clima de partida, vamos começar, agora, um novo módulo!

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