Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Contos

De repente, lembrei!

Imagem
Estava escrevendo, outro dia, sobre fatos diversos na madrugada enquanto ouvia as músicas de sempre e pensando nas milhares de coisas que costumo pensar e que não levam a  lugar nenhum, pois pensamento sem ação é tempo perdido. E aí, olhando o perfil alheio, deparei-me com uma foto que me recorda um outro dia perdido no calendário em que escrevi um conto. O tal era uma mistura de alegorias e verdades que precisavam ser ditas especificamente a alguém e que não podia ser facilmente decifrado por qualquer um. O objetivo, certamente foi alcançado. Mas outro pensamento assaltou-me: como é fácil esquecer! E esquecemos de tudo! Desde a data em que nascemos até onde deixamos a caneta; só não esquecemos os detalhes que significam alguma coisa importante. E esse conto foi uma dessas coisas que a gente escreve e que deixa guardado dentro da gaveta até o dia em que o outro alguém o mencione ou que você vê alguma ilustração que o recorde. Essas coisas que renegamos são muito estúpidas! ...

Entrevista com Cássio Cavalcante

Imagem
Hoje inicio uma rodada de entrevistas, ao ar sempre às segundas-feiras, em que entrevistarei escritores, políticos e pessoas que desenvolvem trabalhos ligados à ciência e tecnologia ou trabalhos que incentivam a cultura.  Cássio Cavalcante Para inaugurar essa rodada o entrevistado é o jornalista e escritor Cássio Cavalcante, autor de Nara Leão: A Musa dos Trópicos e Sob o Céu de uma Cidade, a ser lançado no próximo 31 de outubro. Cássio Murilo Coelho Cavalcante é jornalista, escritor membro da Academia Recifense de Letras e da União Brasileira dos Escritores, secção pernambucana. Escreveu diversos contos entre 2004 e 2008, todos publicados,  a biografia da Musa da Bossa Nova, Nara Leão: A Musa dos Trópicos (2009), Os Mistérios de cada Um (2007) e, a ser lançado, Sob o Céu de uma Cidade. Além disso, Cavalcante pertence a Academia de Artes, Letras e Ciências de Olinda e é Colaborador do jornal Folha do Estado do Espírito Santo, assina as colunas Bate papo Literal, do Jor...

À uma velha companheira

Venha! Sente aqui ao meu lado, de você não tenho medo. Seu cheiro não me enoja tampouco perfuma-me. Olha como sua obra está bela! Veja a realidade do deus-verme entre o ventre da sua escultura surreal. Por que não fala dela? Por que não a exponhe? Há problemas nessa arte um tanto incomum? Não. Você não aparece ao público apenas por vaidade, acha que seria humilhante ver face-a-face a realidade nua do cotidiano de seus fantoches. Pensa que não sabemos como é trabalhoso levar tantas abstrações para o além azul? Sabemos que pode ser difícil e logo agora quando tantos seres  resolvem partir para o longíquo  abismo do recomeço sem perguntar-te se é possível voce resolve chorar! Mesmo assim deveria sorrir quando chamo-te para festejar a ingratidão da vida, ao desconcerto de tantos erros e acertos de gente ignorante. Nós humanos conseguimos sorrir da desgraça, você não? Venha festejar! Acompanha-me nas músicas que gosto, nos doces que aprecio nas melhores horas do descanso...

A vida e a Sereia

Imagem
Foto: imagem da internet A vida é um rio de verdades e mentiras tão bem contadas que juntas formam um conjunto uno do qual atribuímos nossas conquistas e ressentimentos. É um rio de afluentes podres e desprezíveis habitado por todo elemento dúbil de um universo ora detestável ora dócil, mas que nos levam a um oceano de incertezas cuja única qualidade é a sua própria existência. Águas que me levaram durante uma vida a todos os caminhos decadentes possíveis, mas que sempre me fizeram sentir vivo. Naveguei por estradas de barro e lama em muitos carnavais procurando uma razão de viver e de exprimir em sua totalidade o meu ódio e o meu prazer de ter prazer em estar vivo, os vícios e as minhas desilusões preconceituando devaneios de uma juventude precoce e o ônus de uma velhice anunciada pelo tempo. Calejei esse espírito com amores odiáveis de tanto amáveis, que, entre orgasmos de realidade arremetiam-me em um crepúsculo de irreverência de uns tantos sexos desprazeirosos que acom...