Os doentes

 

Davida Johnson Clark, Augustus Saint-Gaudens. MET

Pessoas doentes adoecem outras pessoas.

Isso é real e vejo todos os dias, sem nenhuma exceção.

Na fila do pão, os carentes demoram a escolher o produto, conversam com a atarefada atendente, demoram em fazer o básico.

No trânsito, sem meias palavras, os palavrões tomam conta do ar empesteando mais que os gases dos escapamentos. 

Os ressentidos tomaram as ruas, as salas de aula, as cozinhas, as pequenas e médias empresas, as calçadas, as casas. 

Os ressentidos tomaram conta de tudo.

Os outros doentes, nem sempre sob medicação, preferem brincar consigo, adoecendo os outros com falsas perspectivas e palavras vãs.

Clonazepam, benzodiazepínicos, anti-depressivos, anti-vida, refúgios em comprimido - tudo é usado como desculpa e arma.

E a sociedade, geração após geração, sob siglas, se autodestroi impunimente. 


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