Uma verdade insolúvel


Uma verdade insolúvel e pouco aceita: é o ódio que move o mundo.
Embora frases motivacionais e textos prontos poluam nossa mente com o histerismo de  "amor" e "gentileza" como chaves para um sucesso quimérico, não é verdade que esses elementos provoquem significativas mudanças onde quer que se escondam.
Para os fanáticos e adestrados religiosos, seus livros "sagrados" estão escritos com o sangue de inocentes e culpados em textos que retratam o ódio, não o "amor", como modo de vida e conversão.
Para os capitalistas, claramente é o ódio que move as mais diversas indústrias e cadeias produtivas, sendo, estas, armas contra as ameaças de seu status quo.
Para a gente ordinária do trabalho, da universidade, da outra rua é o ódio oriundo das mais diversas fontes e contra qualquer um e todos que move o cotidiano atarefado e falsamente importante.
Não. 
Não pense que o "amor" se sustenta por mais de 120 minutos ou além de uma simples ventania de verão. Isso porque esse tal "amor" nunca existiu e jamais poderá existir nos moldes ficcionais ou reais a que se assiste todos os dias, em cada esquina.
O ódio, por outro lado, é sempre real, palpável, objetivo. Fornece resultados, instrui, provoca a evolução humana. 
Vivemos pelo ódio, para o ódio, através do ódio.
Por isso somos fascinados pelos vilões e pelas armadilhas.
Por isso só somos felizes sentindo o gosto do ódio, seja onde for.

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