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Os doentes

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  Davida Johnson Clark, Augustus Saint-Gaudens. MET Pessoas doentes adoecem outras pessoas. Isso é real e vejo todos os dias, sem nenhuma exceção. Na fila do pão, os carentes demoram a escolher o produto, conversam com a atarefada atendente, demoram em fazer o básico. No trânsito, sem meias palavras, os palavrões tomam conta do ar empesteando mais que os gases dos escapamentos.  Os ressentidos tomaram as ruas, as salas de aula, as cozinhas, as pequenas e médias empresas, as calçadas, as casas.  Os ressentidos tomaram conta de tudo. Os outros doentes, nem sempre sob medicação, preferem brincar consigo, adoecendo os outros com falsas perspectivas e palavras vãs. Clonazepam, benzodiazepínicos, anti-depressivos, anti-vida, refúgios em comprimido - tudo é usado como desculpa e arma. E a sociedade, geração após geração, sob siglas, se autodestroi impunimente. 

Palavras em riste!

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Hiawatha ,  Augustus Saint-Gaudens. MET.   Ali na esquina da praça Horácio Souza Lima, onde tantas expressões são manifestadas diariamente e por tantos indivíduos particulares, ouvi, em alto e em bom som, que  "quem sai com viado é viado também!". Atirada à queima roupa em um meio-dia parece mais um assassinato à liberdade de expressão do próprio querer de sair com quem desejar para não parecer viado . Ora, passou o tempo e a geração de quem se escondia entre becos e palavras codificadas para marcar encontros e expressar afeto pelo mesmo gênero. Os lugares escuros, fétidos, sigilosos ficaram para aqueles que andam armados com problemas sociais de autoaceitação e extremo julgamento da vida alheia.  Ao meio-dia, de qualquer dia, a fome bate à porta de homens e mulheres e ignora completamente os frequentadores das camas; a violência, por outro lado, assim como as criaturas armadas de palavras, escolhe lugar, cor, gênero e classe social, vitimando gays, pretos, periféric...