O atinar da madrugada

Existe uma arte que se refina com o passar das horas e que é adaptada a cada vivente, embora aparentemente cruel e sem sentido: a de retirar de seu meio ambiente as pessoas.
Nem sempre são indivíduos indesejados ou que representam alguma negatividade. São criaturas que, por motivos diversos, perderam a razão de existir em sua vida e não se encaixam em seu cotidiano.
Pessoas que podem até não desagregarem, e que também não agregam nem lembranças passadas, mas que devem ser silenciosamente retiradas do seu convívio para economia de energia.
Uma hora de completo alheamento, como quem não atina onde está, você descobre que pode viver sem uma ruma de pessoas que lotam sua agenda de contatos.
Nessa hora você descobre que, na verdade, só precisa de si.

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