A espera do Arlequim
Ali na esquina, onde dormitam vontades imensas, encontra-se um Arlequim. Esquecido no Carnaval passado, com roupas de cores desbotadas e invisível sorriso, aguarda ansiosamente pelo regresso das ruas lotadas, dos amores repentinas e dos encontros casuais entre um gole de cerveja e uma vontade reprimida.
Do outro lado da rua, sob a marquise de um tempo que não passa nunca, estão as amarguras da visa, os deboches, as críticas, as irônicas reviravoltas de um cotidiano sem limite de caracteres.
O bloco há de passar aqui na rua, sem alas, sem fantasias, somente roupas e cabelos soltos a revoltear no calor desse hemisfério sempre quente.
Agora é hora de ir e perguntar se já é hora- o Carnaval já baterá à porta e existe a pressa de uma certa alegria tempestivo.
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