COVID-19: Brasil

O brasileiro tem a festividade por qualquer motivo como parte do seu DNA e entender o que é ou não grave parece sempre ter sido um problema, mesmo durante os sombrios anos ditatoriais. E nesse momento em que a comunidade internacional fecha fronteiras entre países e entre estados e territórios e os centros de consumo e lazer começam a fechar, por força de lei e de necessidade, o Brasil segue uma marcha alienada em busca de um país que parece não fazer parte do globo.

Com um presidente megalomaníaco, para não citar mais qualidades, o Brasil ainda não fechou suas fronteiras, à semelhança dos seus vizinhos e dos demais países no norte e na Europa; ainda não orientou o fechamento de lugares com intensa circulação de pessoas e com ambiente fechado, como os shoppings centers; ainda não iniciou uma séria, porém não alarmante, campanha que promova a real conscientização sobre essa pandemia e como ela irá impactar na vida dos brasileiros, principalmente dos pobres; ainda não orientou os lugares de adoração religiosa a tomar medidas de controle e enfrentamento ao novo coronavírus.

Em suma, o Brasil ainda não fez nada.

O que se percebe, olhando para associações que congregam os lojistas e franqueados de shoppings centers, é que a iniciativa privada está buscando meios de aumentar o fluxo de pessoas em shoppings para conter o prejuízo econômico enquanto que parte dos brasileiros ainda está precisando sair de casa para alimentar a futilidade de uma sociedade ignorante e atrasada por meio de trabalhos dispensáveis como lojas de roupas, departamentos e afins. 

Empregados domésticos, tal qual na escravidão, continuam indo trabalhar para manter o status quo de quem pode pagar pelo serviço e tem preguiça de lavar pratos e nenhuma consciência sobre a realidade emergente na qual o pais, e o globo, estão envolvidos.

Além de festividade, o brasileiro tem ignorância e irresponsabilidade no DNA e nenhum misticismo, a não ser a morte, poderá salvar o Brasil  dos brasileiros, independente do nível social em que se encontre.