COVID-19: O presente do passado

Parece estranho, mas na segunda-feira, 16 de março, em uma das salas do Instituto Federal de Sergipe, um trio composto de docente e discentes comentava sobre as ações que o Governo de Jair Bolsonaro está fazendo para conter o coronavírus e entre as pérolas ditas estão que:

- O coronavírus é fruto da seleção natural e só os mais fortes e resistentes sobreviverão;
- O governo Bolsonaro poderá, tal qual o governo Collor, confiscar a poupança dos brasileiros para controlar a economia.

É bem verdade que Jair Bolsonaro não sabe o que está fazendo no Palácio do Planalto porque foi o palhaço de circo escolhido por obscuras forças para controlar o país por meio de um Executivo enfraquecido e desmoralizado e que o caos proposital que é criado entre os ministérios e a oposição é muito bem articulada.
Também é verdade que a pandemia provocada pelo novo coronavírus é tão-somente reflexo da expansão superpopulosa da Ásia, África e das ilhas do pacífico, como outras doenças epidêmicas, endêmicas e pandêmicas. 
E a economia brasileira não está nem um pouco saudável, com o dólar na casa dos R$ 5,00.
Reter a caderneta de poupança e infligir sofrimentos econômicos aos pobres parece não ser problema para o governo federal.
A questão que surge com o avanço do novo coronavírus é se será este o momento do impedimento de Jair Bolsonaro, da morte natural pelo COVID-19 ou se, dessa vez, o Brasil se alinha em uma agenda mais realista e autocentrada no real bem-comum do povo.
À parte a loucura e as teorias de discentes e docentes influenciáveis, o novo coronavírus é um presente que o passado manda ao presente lembrando que se ações de educação, saneamento ambiental, econômicas e sociais houvessem sido tomadas de forma séria e comprometida com o desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira, a histeria, o desespero e as ilusões seriam menores e o impacto dessa pandemia poderia ser menor. Como nada disso aconteceu o presente é apenas uma seara de achismos, obscurantismo e absurdos que aprisionará o povo em uma espiral de miséria, fome e sofrimento social intenso. 

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