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Noite Bruxa

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Quando resolve explicar algo a alguém realmente faço isso acreditando no que digo, ainda que pareça uma loucura inimaginável. E quando falo, além da minha opinião, tem a opinião de pessoas mortas - escritores, celebridades, não-famosos. E nem sempre o meu parecer tem aspecto de pensamento linear ou politicamente correto .  Algumas pessoas, ou ouvirem-me falar, revelam uma expressão de perplexidade e outras são mortalmente contrárias, ainda que minha expressão seja a de desprezo pelo contraditório só pelo contraditório. No dia das Bruxas, que é também o dia de comemoração do nascimento do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, que precede a comemoração macabra de Todos os Santos e de Finados, não é difícil ver por aí minhas palavras ecoando e relembrando não apenas Drummond como também personagens fictícios, tornados reais pelo simples desejo. A mistura daquilo que não é real e do que não é apenas o termômetro do quanto se pode ser feliz sozinho, acompanhado, nesse e em out...

Nasce um Mago, Nasceu Drummond

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foto: thesecret.tv.br Em trinta e um de outubro de mil novecentos e dois o Brasil entrou para a história como o país com mais um Mago. Mais um, apenas? Talvez devêssemos dizer o Mago das Minas Gerais, aquele que morto está vivo e que ainda vivo já era ícone da literatura nacional, na prosa, poesia e artigos. Esse Mago mineiro, Carlos Drummond de Andrade, arregimentou fãs, admiradores e entusiastas das letras, das suas letras ao longo do último século do milênio passado e, resistindo aos modismos não apenas literários, continua sendo o poeta das multidões. No dia em que vulgarmente se comemora o Dia das Bruxas, feia mania brasileira de importar a cultura alheia, devemos tirar dois dedos de prosa com quem perguntou a “José, e agora?”, e  descreveu o “Necrológio dos Desiludidos do Amor” com a sabedoria de quem ama e é intensamente vivente de si e do mundo. Drummond escreveu, sempre com sutileza, sobre economia, política e sociedade em suas linhas poéticas sem deixar a sens...