Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Seu Jorge

Músicas (jorgiana)

Imagem
Essa madrugada estava assistindo Seu Jorge no Programa do Jô, e entre a tremedeira do Jô e o encarte de Músicas para Churrasco Vol. 2, ocorreu-me que o tempo saltitou grandes distâncias enquanto o tempo fazia sua corrida desabalada para frente - sempre para a frente. E que a música, ainda que a da pior qualidade, como a da Raquel e seus teclados, acaba sendo marcos que registram pequenas aventuras da vida. São Gonça, Tive Razão, Pessoal Particular, Burguesinha e A Doida são exemplos de composições que Seu Jorge imortalizou na pele, na memória, nos sorrisos e na malandragem de outrora e que agora, tempos saltitados depois, são cantadas com uma malícia particular.  E quanto sono deixamos para depois em madrugadas intensas ao som da consciência? E quanto batuque fazemos a mais leve lembrança de uma pretinha? É irrelevante afirmações, interjeições e indagações; o importante é: se nenhuma música o abala, o relembra, então volte várias casas e comece a viver novamente.  ...

Novas Profissões

Imagem
As formas de ver o mundo mudaram. A ciência e a tecnologia descobriram maneiras melhores de produzir bens, duráveis ou não, e a humanidade deixou de se preocupar com lendas urbanas e passou a preocupar-se em não esquecer o carregador do computadores portáteis e smartphones. O mercado de trabalho tornou-se maior enquanto a tecnologia difundia-se e os pobres ascendiam ao nível de portador de eletroeletrônicos da moda e, apesar do poder de informar-se e formar-se nas mais diversas áreas do conhecimento, muitas delas novas, continuamos enfrentando o pensamento inflexível, por parte de uma parcela razoável da população, de que o trabalho, para ser de fato um trabalho, precisa provocar calos nas mãos e ser desenvolvido sob o sol ardente dos trópicos.  A tradição de o trabalho ser árduo, nocivo e  extremamente danoso ao corpo humano leva-nos a ouvir pais repreendendo filhos por escolherem profissões modernas como web designers, social media e blogueiro; ou por escolherem pr...

Paradoxo

Imagem
Encarte do álbum da Mônica Montone Falam de amor como se fosse algo tangível e sobre a qual pudéssemos fazer alguma coisa. Às vezes dão a impressão de que o amor pode ser criado do nada e para o nada se encaminhar como se fosse um fluxo natural e incontrolável. E acabomos no mesmo ponto - pessoas que se conhecem, se "amam" e acabam nas agressões físicas e mentais, num verdadeiro desastre psicológico. Daí, andando pelas ruas durante a madrugada, conclui que sobre esse sentimento não temos nada que possamos fazer, exceto respeitá-lo e tentar cumprir as promessas feitas durante o romance (aquelas que não agridem o direito e a liberdade do outro). Seu Jorge, em Pessoal Particular , já interpreta a verdade de que a relação acaba, não o amor. Mônica Montone, em Te amo de amor, mostra que sobre amar não há nada que se possa fazer, nem contra ou a favor.  E ainda assim seguimos querendo dobrar ferro frio. E a verdade é que amar é um saco; e amar forçadamente é uma to...

Outubro do Peito

Imagem
Reprodução: naturalb90 Outubro está chegando, mais uma vez, ao fim e mais uma vez começam a falar daquele hábito horrendo de importar a cultura estadunidense para os trópicos brasileiros. Outubro, quero lembrar, é rosa! (e essa importação é uma das poucas com verdadeira importância). A luta para a prevenção do câncer de mama é de todos e não pode ficar centrada em meros trinta e um dias; A luta é de homens e mulheres, de todas as idades. A luta é eterna enquanto o câncer matar mulheres. E o homem, o gênero masculino que adora mulheres de peitão (não falarei da bunda já que o foco do mês são os seios), precisa fazer parte da campanha, ajudando a implantar na parceira/companheira o hábito do autoexame e da busca pela qualidade de vida. Seu Jorge, outro dia aí, gravou Mania de Peitão para alertar quanto aos perigos do silicone. A mesma composição e o mesmo arranjo podem ser empregados para a mesma causa rosa já que tudo está centrado sobre o mesmo tema: a saúde feminina, o ...

A música no Brasil #10

A música popular, criada e apreciada pelas diferentes classes sociais, tornou-se um modelo de mau gosto sem precedentes no Brasil. Em todos os estilos musicais a mediocridade tem se tornado o elemento essencial à produção dessa arte inigualavelmente superior, tornando o ambiente individual e/ou coletivo, público ou privado, insuportável àqueles que apreciam a boa música ou que possuem o mínimo de bom gosto. Perdido definitivamente o senso do ridículo essas novas produções radiofônicas enchem o nosso cotidiano de imbecilidade e idiotice respaldadas no canto de todos os seus fiéis apreciadores, que, diga-se de passagem, são tão cultos quanto uma pedra. Produções sem melodia, sem letra, sem contexto, sem razão de existência. O mais incrível é que existem aparelhos de som que reproduzem esse tipo de lixo inundando vielas e avenidas de um veneno tão mortal quanto os de serpentes. É inadmissível que nossas comemorações sejam abraçadas por esse tipo de produto sem que aja a devida  a...

Sessão: Amiga da Minha Mulher

Imagem