Detalhes importantes crescendo....
O investimentos do Governo Federal na expansão das Universidades e Institutos Federais são muito bons e chega na hora em que precisamos produzir mão-de-obra qualificada em larga escala, porque precisamos continuar crescendo e fazer um bonito nos eventos esportivos que se aproxima (Copa e Olimpíada). Entretanto, todo o esforço econômico é vão se não soubermos empregar e priorizar as necessidades, focando sempre em um crescimento salutar para todos os setores da sociedade.
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Construção do Dep. de Eng. Elétrica UFS |
E quando fala-se em investimento o que costumamos pensar é em grandes obras, modernização de maquinário e contratação de pessoal esquecendo-nos de um detalhe que faz toda a diferença em um planejamento: o presente. O que adianta injetar dinheiro e fazer rodar a economia, mesmo que local, em projetos futuros sem melhorar os serviços que já estão sendo prestados?
Aparentemente, a resposta é óbvia, mas não corresponde ao atual cenário de expansão das Universidades e Institutos Federais do eixo Sergipe - Alagoas, acreditando que o mesmo quadro se repete nos demais estados nordestinos e nortistas. Em Sergipe, a Universidade Federal, UFS, continua co seu processo de expansão a todo vapor, com obras, pelo menos na Cidade Universitária "Prof José Aloísio de Campos", em muitos setores, como a Biblioteca Central - BICEN, o Prédio Multidepartamental, que abrigará o Departamento de Engenharia Elétrica, reforma no Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. E embora possa parecer que tudo anda correndo bem, não está!
Os alunos ainda enfrentam problemas antigos, diga-se crônicos, que atravancam seu desenvolvimento amplo e sem qualquer tipo de dificuldade. Não se está falando de um modelo perfeito, mas seria de se esperar que, por exemplo, a falta de professores, não fosse um problema para os discentes. A ausência de docentes faz com que mutos alunos fiquem sem aula, atrasando o período, apenas porque a burocracia e uma certa despreocupação dos responsáveis age sobre as ruas universitárias. Além disso, o que se pode ver, nas obras que estão em andamento, é que existe uma certa prioridade construtiva que favorece os servidores/professores em detrimento dos alunos. Isto pode ser observado, por exemplo, no processo de construção do centro ADUFS, vizinho ao DCE; enquanto sua construção foi rápida, outros prédios, de uso mais urgente, estava a passos lentos. Além de que sua aparência contrasta muitíssimo com a do centro estudantil. Alguns departamentos também são bem favorecidos, como o de Física(porque?).
O Resun, hoje. também enfrenta problemas internos que o fez permanecer fechado, coisa já programada para ontem na hora do almoço. Embora seja administrado por uma empresa terceirizada, não seria o caso da UFS regular e fiscalizar efetivamente a qualidade da prestação dos serviços? Acredito que sim.
Em Alagoas, a Universidade Federal arrasta seu processo de expansão a alguns anos sem ter conseguido êxito na construção dos seus Campus no interior. Enquanto os processos licitatórios são cancelados e refeitos, os alunos ficam amontoados em arranjos feitos pela Universidade e pelas Prefeituras. Além de enfrentarem problemas sérios com segurança, transporte e logística. Os demais problemas da UFAL são ainda bem maiores que os da UFS porque existe, entranhado na mente da gestão alagoana, o agravo do amor ao caos e à desordem, que faz servidores sonharem, e alguns conseguirem, cargos importantes como o de Magnífico Reitor.
O Instituto Federal de Alagoas também se arrasta. A construção dos novos campus, tão bem alardeada por autoridades da própria Instituição e autoridades políticas, principalmente os senadores, como o Renan Calheiros, está caminhando para trás e de lado. Muitas prefeituras cederam terrenos impróprios! Será que não queriam sediar o IFAL?(Parece que sim)
O Instituto Federal de Sergipe, contrariamente à fama do alagoano, não é muito conhecido dos conterrâneos. É possível encontrar pessoas, na capital, que não sabem o que significa IFS, ou onde se localiza, e são jovens em idade de aderirem ao ensino técnico. Pelo menos o IFAL destaca-se nesse sentido e é reconhecido em eventos importantes.
E enquanto o governo Dilma Roussef trabalha, ou tenta, para tornar o Brasil um país sem miséria, os responsáveis pelo ensino não estão nem um pouco interessados em melhorar a situação educacional do País, a não ser nos discursos. As instituições estão inchando de alunos, de cursos e os problemas tornam-se evidentes e chamativos! Falta cadeiras, professores, qualidade no serviço prestado por empresas terceirizadas e pelos próprios servidores efetivos.
É indispensável que os detalhes sejam trabalhados, sanados, antes que se tornem um entrave grave no processo educativo e antes que os investimentos adquiram a forma de elefantes brancos que infestam a paisagem brasileira. E para tanto, faz-se necessário que estudantes, professores, pais e políticos(se tiver interesse- coisa rara) tomem as rédeas da situação e exija a obrigatoriedade da transparência da aplicação do dinheiro público e dos prazos de entrega de obras e serviços.
Investimento para ser eficiente precisa ser em material humano e, depois, nos concretos seculares dos corredores e ruas de cidades universitárias e dos campi.
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