Uma nota sobre água!

Quantas vezes nos deparamos com a vizinha lavando a calçada, a rua e as paredes? Com um jardim sendo irrigado durante todo o dia? Com algum cano quebrado?
São muitas as vezes que até colocamos uma pitada de rotina e falta, quando não apreciamos esse tipo de atitude. E o que mais chama a atenção é que ninguém se incomoda com o desperdício da água ou sua reutilização, que seria o mais conveniente. Por  que lavar a calçada, rua ou paredes externas se no minuto seguinte à lavagem tudo estará, novamente, tão sujo quanto antes, se não pior? Para quê gastar água limpa na lavagem de carros e demais veículos? Qual a necessidade de desperdiçar milhares de litros de água em um jardim? Aceite, a grama não é natural do nordeste!
A necessidade de estar provocando o desnecessário desperdício para ser um vício incontrolável e insanável!
Quando surgiu todo aquele movimento de salvar o planeta, os biomas e a flora e fauna biodiversificada parecia que haveria uma solução razoável para esse tipo hábito realmente pecaminoso. Se existe um pecado mundial pior que esse, ainda está desconhecido. Mas, passada o alvoroço midiático e todas as formas lucrativas do salvamento do planeta, sobrou apenas a terrível mania de estragar tudo o que  nós, humanos, colocamos a mão. 
A água pode ser reutilizada sempre e de muitas maneiras sem precisar despender a absurda quantidade utilizada nas mais simplórias atividades do dia a dia. Entretanto, parece que junto com o poder aquisitivo da massa populacional também aumenta os achismo medíocres, como é ter uma grama irrigada em uma região seca. É preciso que coloquemos em nossas deturpadas mentes que é a simplicidade das ações, das construções e do uso dos recursos naturais o charme de se ter dinheiro. 
Embora todos digam o quanto é importante esse líquido que recobre boa parte do planeta e saibam que apenas uma ínfima porcentagem é disponível para o consumo humano, ninguém credita realmente nisso: até que ela chegue a níveis muito baixos. Nos países em que a água é um bem inestimável e nas regiões brasileiras em que a dificuldade em obter água supera qualquer outra coisa as pessoas sabem o que precisam fazer e quando precisa para preservar suas fontes. Só que isso não é regra, pois mesmo em lugares como os citados ainda existe aquele indivíduo que joga fora sua única forma real de sobrevivência. 
Faz-se necessário que deixemos essa atitude passiva diante de tantas irregularidades, que só prejudica-nos, e passemos para uma outra capaz de racionalizar o recurso hídrico, as ideias para um futuro sustentável de fato, buscando sempre a construção de uma sociedade equilibrada e sintonizada com as dificuldades do meio em que vive e com as necessidades fundamentais da pessoa física.
Não basta falar sobre sustentabilidade!
É preciso conhecer as vantagens, as dificuldades e os benefícios vindouros de uma consciência ativa e racional. 
É preciso conhecer o Brasil e suas diversas formas de lidar com a água para saber que estamos deveras atrasados na preservação de uma riqueza sem comparação em nosso solo e subsolo.



(Pause o reprodutor musical para ouvir melhor os vídeos!)







Passeando pelo Rio São Francisco:




Aquífero Guarani:

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