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Sessão: Lanterna dos Afogados

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Sessão: Relicário

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Tens algum relicário? Relíquias são objetos cujo valor é duvidoso, mas que mesmo assim carregar algum valor, por mais abjeto que seja.

Sessão: Ainda Não Passou

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Tudo sempre acaba passando, é o que dizem. Mas alguém já se perguntou que, muitas vezes, não há, exatamente, o que passar? A humanidade tem um hábito extremamente destrutivo: colocar-se para baixo pelo simples prazer de gostar da melancolia. E quando tudo vai bem, existe sempre uma forma de clamar pelo sofrimento, ppsicológico, de maneira que sempre exista do que reclamar e lamentar. Ainda não passou, mas vai passar. E quando passar, passou. Sem rastros nem vestígios, a vida já se refez. Não há necessidade de melancolia, se o homem é feito para a superação e responder aos estímulos.

Sessão: SEI

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Pode-se mudar o mundo quando se entende que  o mundo depende das próprias ações e que, sem nenhuma influência do meio(quase impossível), essas  ações são apenas meios que nos levam a um estado novo, talvez com velhas esquadrias. E então... ...sabe-se que "aquela pessoa" nunca existiu, além da fantasia de sua própria mente. ...sabe-se que pouco sabe sobre a economia, mas que seus bolsos precisam estar sempre cheios para uma saída fortuita. ...sabe apenas que sabe, não importando o quê. E assim, sem muitas argumentações, todos sabem que o mundinho quadrado não para de girar e o tempo é escasso demais, embora também saiba que ainda há uma carta de baralho escondida na manga.

Malandragem para nós!

Quantas chances desperdiçam todos os dias com diminutas e desvalorizadas manias! E o mundo é um amontoado de manuais: para escrever, para falar, para comportar-se bem, para não fazer isso ou aquilo. E de que vale tantas folhas vazias de vida? Por acaso tem feito algo mais que ler e tentar entender o que é permitido e o que é proibido para a nobre opinião de um e outro que pode, não raro, se julgar mais sábio? Sabedoria é ir passando e dando sorrisos, irônicos, sinceros, despreocupados e mostrar a si que não importa o que digam ou o que façam: a graça pé a surpresa! E em mais um dia foram todos trabalhar, brigar com o trânsito, fazer intrigas nos setores de trabalho e planejar a vida medíocre de mais uma noite rotineira. E no meio disso, onde está aquela descontração de desviar-se do caminho habitual, entrar em um cinema, ou ir a uma praia qualquer, ou simplesmente entregar-se à preguiça voluptuosa? Aos que provocam o mundo, como o inesquecível Nelson Rodrigues, que...

Campanha

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No período eleitoral as campanhas realizadas pelos candidatos, de um modo geral, é realmente o que se pode classificar como deprimente.  Paródias de músicas, na maioria dos casos já terríveis, métodos de propaganda e publicidade ainda mais estranhos e ineficientes, e os santinhos!  Os santinhos dos candidatos, independente do cargo pleiteado, é a prova cabal de que não limite para o ridículo no meio político. Nos retangulares pedaços de papel distribuídos em quase todos os lugares, gratuitamente – imagine isso! Era para ser pago para que não juntássemos coisas desnecessárias como essa -, é uma verdadeira mentira bem montada. Nesses santinhos pessoas quase mortas, ou inegavelmente envelhecidas, ou estupidamente feias, ou categoricamente ridículas, ou simplesmente desprovidas do bom gosto divino aparecem com um rosto metodicamente modelado e com uma estampa sorridente capaz de convencer o diabo que o inferno é mais doce. E diante de técnicas capazes de refazer um r...

Mentira, sua verdade!

Mentiras - Adriana Calcanhoto Mentiras existem para persuadir, dissuadir, iludir a si e a outrem. São feitas da mesma matéria que a verdade e são de um material tão bom que resistem ao mais íntimo estado de espírito e ao mais silencioso dos pedidos. Mentira é o nome de verdades largadas ao vento e de todos os seres indispensáveis. Mente-se para esconder um fato, uma realidade crua, um status. Mente-se para tentar sobreviver e para superar (o quê?). Mente-se para carregar os partos de animais e pessoas, que sempre geram problemas. Mente-se para deixar sobre caminhos tudo àquilo que não faz parte de uma vida. Mente-se para andar. Mente-se para estar bem. Mente-se para procurar um bem. Mente-se para acordar e mente-se para seguir, sempre em frente. E quando se constrói um emaranhado de mentiras, nada resta a não ser a opção da verdade, variável, sempre transformista. Verdade não também não é confiável, mas faz parte intrínseca da mentira. Verdade. Mentira. Escolha. ...