Postagens

Mostrando postagens com o rótulo indagações

Agora, enquanto dorme o sono

Imagem
Por que você dorme durante a madrugada? Se é de insônia que se compõe meus pensamentos e de multiplicações que não se fazem, dos nossos dizeres tão sem sentido! Por que tem que ir embora? Se é de chegada que é feita a nossa estadia! Por que complica tanto o incomplicável? Se é de simplicidade que é feito o nosso estável querer, nossa sólida mentira, nosso quadro em preto e branco! Por quê? Certamente existe afirmação que guie a madrugada e discorde o português, que destoe entre duas notas musicais de partituras diferentes e que, entre o sal do mar e a praia, exista um disco voador esperando por uma nova abordagem afirmativa.  Afirmação que muda a cada madrugada e a cada estação, cuja constelação sempre mostra uma nova estrela de superstição. E, então, por quê? Por que é tão distante o outro lado da cama? Por que é tão perto o outro lado do planeta? Por que é tão interessante a janela aberta e o coração fechado? Por que é tão mau olh...

Reflexão da madrugada

O que acontece quando o que era para “sempre” tornou- se passageiro, flutuante entre a emoção que surgiu entre o dia ocioso que corria na maré da mansidão da espera que algo aconteça e a razão entre as partidas e despedidas, inúmeras, de todos os dias? O que acontece quando se olha dentro de uma pessoa, passando pela retina e entrando no corpo, através do cérebro, por meios dos impulsos elétricos que formulam imagens? O que acontece quando é mais fácil dizer “talvez”? É fácil passar pelos mesmos caminhos sempre olhando as mesmas paisagens, ouvir as mesmas músicas, ler os mesmos outdoors, estar sempre alinhado com a pequenez do cotidiano(sim, o cotidiano é pequeno, pois ele é incapaz de perceber as mudanças em outras pessoas, o acúmulo de poeira entre as cartas – de amor ou não -, a nitidez da clara luz que ilumina a feiura do rosto inchado no acordar útil para uma vida que agride a própria essência ao efetuar seus desígnios estranhos e, em alguns casos, mortíferos.) sem notar a...

Recomeço

Imagem
Fim de tarde de Palmeira dos Índios - AL. Foto: Ivan Tenório O verão foi-se embora junto com toda a poeira da sequidão de dias de intenso calor. Foi-se junto com o último sonho de uma noite quente e deixou para trás as previsões de um retorno ainda mais surpreendente. Foi-se com a sutileza de uma leve pena de ave aprisionada deixando-se ser preso por uma outra estação na caixa oculta do tempo. E assim como tudo que tem um tempo, uma parcela mínima de existência diante da imensidão que compõe esta dispensação, o verão deu adeus a mais um ano. E quantos anos já se passaram desde o último março? Quantas pessoas foram enterradas entre escombros emocionais? Quantos eventos foram cancelados pela falta de fé dos organizadores? Quantos amigos morreram e quantos foram embora, a uma distância pesada demais? Começou o outono e as folhas já preparam para cair. Algumas frutas brotarão e o calor, bem, esse continuará, talvez mais ameno em algumas regiões, nem tanto em outras. O amarelo...