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"Zé é o caralho"

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Rodoviária de Arapiraca. Madrugada. Rafael Rodrigo Marajá. Tão natural quanto o sol quente do meio-dia é a mania de chamar toda mulher de Maria e todo homem de "Zé" - como se não bastassem os milhares de Josés, Marias e variações que existem.  Ou era tão natural a assim. A geração que não vivenciou o período de seca alarmante no nordeste ou que não vivenciou as mudanças de poder na Capital Federal e no coração industrial e cultural do país não é tão receptiva às generalizações nominais. Rafaéis, Amandas, Carolines, Isadoras, Caios... são nomes que não aceitam generalizações - e seus portadores menos ainda, Isso tudo vem à mente quando alguém, às quatro horas de uma madrugada climaticamente confusa de Arapiraca, insiste em oferecer um serviço que você não quer, ou não precisa, através do subterfúgio de "psiu!, ô zé, quer táxi?", "ô zé, quer táxi?", "psiu".... Daí você olha para trás com um único pensamento: Zé é o CARALHO! E essa é a...

Taxas de embarque

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Bilhete de embarque da rodoviária de Arapiraca-AL Não é novidade para ninguém as dificuldades para viajar pela mesorregião alagoana, seja pela incapacidade de gestão dos Prefeitos, seja pelas arbitrariedades exercidas pelos sindicatos de transporte alternativo. Depois da onda de "melhoria" (que jamais aconteceu de fato) nas rodoviárias de Palmeira dos Índios e Arapiraca, a moda agora é a elevação dos preços das taxas de embarque. Em Arapiraca a taxa está a R$ 3,15. É quase o valor de uma passagem no transporte público de alguns estados do sudeste/sul. É uma taxa barata se você viajar esporadicamente. Caríssima se você precisa viajar regularmente.  A contrapartida não é notada. Aliás, a mesorregião alagoana anda com impostos e aumentos destes sem a devida retribuição para a sociedade. Até quando essas "taxinhas" vão oprimir visitantes e nativos? Quando algum órgão de controle vai desbaratar a farra nas rodoviárias?

A Rodoviária

A rodoviária de Palmeira dos Índios é um desastre da Administração municipal. Um recinto sem a mínima condição de ser chamada de 'rodoviária'. Não que rodoviária seja um local refinado, mas também não precisa ser um desastre-elefante-branco. Lá só tem o transporte alternativo intermunicipal, com linha até a Capital, a Jotude, a São Geraldo e a Real Alagoas (essas últimas sem grande serventia). Quem quiser ir a outro estado precisará ir até Arapiraca. Uma vergonha.  Mas o povo deixa. O povo gosta. O povo quer. Os preços da taxa de embarque são reajustados, aplicados (muito mal) e o serviço continua, desde sempre, a ser péssimo.  A rodoviária é o exemplo da péssima administração que os governos fazem desde que foi fundada. Se puder, com medo, viaje e pare na terrível e temível rodoviária de Palmeira dos Índios.

Mendigo interior

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Área de Embarque/Desembarque. Terminal Rodoviário de Arapiraca.   Quem viaja, regularmente, e corta Alagoas passando pelas cidades de Arapiraca e Palmeira dos Índios certamente já se deparou com as particularidades das rodoviárias da Capital do Agreste e da Princesa do Sertão. Além do não maravilhoso sistema de transporte alternativo, hospedado em parte exclusivamente na rodoviária de Palmeira dos índios, existe a o isolamento natural do terminal da Capital do Agreste, Arapiraca. Baseado em um opressivo silêncio e em um frio desolador, independente da estação do ano, o terminal arapiraquense é uma atividade involuntária de mendicância. Sim, de mendicância! Imagine que são 3h15min de uma madrugada outonal, uma chuva fina acompanhada de umas três ou quatro almas em um balcão de lanchonete lança-se sobre a cidade intermitentemente e o frio senta-se na área de embarque/desembarque. Ao longe, no mesmo terminal, um mendigo compartilha o estado físico inabitado. E, de repente, ne...

A hora no Ônibus

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Abstrato de cheiro Que não fazer nada pode ser um pecado, todo mundo está sabendo. Que passear é um privilégio de quem não precisa estudar e depois trabalhar, sempre e cada vez mais, isso a maioria sabe sem precisar de líderes - religiosos ou políticos - que nos diga qual a cor do paraíso ou o cheiro do inferno. Entretanto, a união desses dois fatores - passeio e preguiça - é o que torna qualquer rotina em uma viagem cheia de particularidades  nem tão boas, nem tão ruins, mas sempre interessantes! Assim, tente sair de transporte coletivo, sob um sol que provoca a ira do calor constantemente, cheio de pessoas que se movimentam pelo cansaço e estresse de provas; pela pressa ineficiente de compromissos de importância duvidosa e por uma vida sempre tão igual, cuja monotonia faz qualquer criatura vegetar à luz de   um céu profundo e ao som de músicas impertinentes. Então, em um dia que a coragem subiu a um nível pecaminosamente alarmante, decidi pegar o ônibus coletivo...