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Bicha feia, pobre, burra e do interior

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Arte: Reclining Male Nude. 1907. Henri Matisse. MET. Quando se é bicha de interior há um mundo estabilizado em que existem aqueles que não toleram e nem suporta os atos homossexuais e escandalosos, que a maioria dos gays do interior costumam cometer, e aqueles que fingem que não estão vendo a não-tão-bela-flor desabrochando entre pelos e pernas masculinas. Fugindo do preconceito controlado, esses gays buscam refúgio na capital, especificamente na universidade, pública ou particular, onde podem fingir que estudam cursos como teatro, música, pedagogia... Com ilusões debaixo do braço, um rosto bexiguento provocado pela acne e uma sede por sexo e álcool, esses pobres, magros e indecentes seres creem terem o mundo a seus pés e todos os outros indivíduos como seus serviçais quando na realidade bicha pobre, feia e burra do interior não consegue nada além de sexo pago ou do estigma proveniente do coitadismo de gênero. A universidade está lotada de gays desse tipo, que são repudiado...

Pernas dirigíveis

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Foto: Rua ao lado do mercado público. Palmeira dos Índios - AL. Mar/2017. Rafael Rodrigo Marajá. Ela ama cada um e todos, pagantes ou não por seu amor. E mesmo que não faça muitos esforços, todos  a querem, mesmo algumas mulheres que também gostam do delineado corpo feminino. Quando levantou a cortina e entrou no banheiro para mais um banho preparativo, o celular tocou. O número, conhecido, chamou por um tempo até desistir. No cubículo ela ensaboava o corpo moreno que tantos provaram e que a muitos outros enlouqueciam. Deslizava a esponja pelos braços, pernas e bunda lembrando-se dos elogios da noite passada - Já haviam sido tantos e tão iguais que a monotonia começava-lhe a causar tédio. Ela queria o novo e o ousado; a emoção que faz faltar o ar e que não é conspurcada pelo drama daquilo que chamam amor. Ela queria alguém que arrancasse sua pele com a fome de um macho por uma fêmea, sem cobrar-lhe fidelidade ou amor, mas que, mesmo assim, cuidasse dela com o cuidado que s...

Quem diria: Os aproveitadores

Pluft! Do nada, apareceu no Restaurante Universitário da UFS, Resun, ativistas de organizações estudantis (não a UNE) e vendedor de objetos, como botons e agendas com a capa do movimento, do MST. E apareceram alguns com ânimos um tanto alegres demais na quilométrica fila. Além de uns tantos que decoraram trechos de músicas de bandas como Legião Urbana, apesar de desconfiar de que nunca tinham ouvido a Legião antes dos lançamentos dos Filmes baseados em música ou na vida dos integrantes. Todos esses, parecem-me, que são pobres diabos que não se arriscam a opinar inteligentemente, nem de manifestar-se espontaneamente em passeatas ou em discussões acalorados sobre política, religião e sociedade. Geralmente, brasileiro tem medo da tal “mania de perseguição” que comente. Quem faz perseguição tem medo, naturalmente, de sofrer aquilo que promove. E essa tal perseguição pode ser de diversas maneiras, inclusive através da proliferação de pequenos preconceitos, de segregações musicais, d...