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A irresponsabilidade humana in vivo

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Você vai ao mercado da esquina e enquanto passa as compras no caixa aparece um cachorro abandonado com cicatrizes por todo o corpo. Enquanto caminha pela rua encontra gatos abandonados que são alimentados pelos proprietários do petshop. Se aguçar um pouco a visão ainda verá filhotes por todos os lados. Os animais tidos domésticos são abandonados na mesma velocidade com que nos encantamos pelo mundo digital e suas facilidades. Amamos videos de gatos bebendo água acionando torneiras e odiamos, mais até, os gatos próximos que nos pedem alimento, abrigo e proteção. Apreciamos um cachorro de qualquer raça definida e detestamos o mestiço, que só encontra respaldo social de existência em postagens de redes sociais. Ao parar para ver o que nos incomoda no cotidiano é fácil perceber que é a nossa própria insensibilidade para a fatia de meio ambiente que ocupamos que torna nossa vida cheia, feia e depressiva. É o nosso descaso com o meio ambiente que inunda cidades, desmorona casas, ...

Entre sujeiras e miolos II

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Foto: arquivo pessoal.  Outro dia, de certa forma chuvoso, fui à padaria na outra rua e, no meio do caminho, reencontrei um filhote felino de poucas semanas de vida. A visão do pobre animal e a minha necessidade de um bichano para amedrontar um catito que tem desesperadamente buscado comida aqui em casa desde que a minha vizinha se mudou.  Entre adotar outro gato e não o fazer, sendo mais um humano cruel e insensível, eu fico no meio termo - igual certos artistas que conhecemos diante da política e da miséria social que está reafirmando o brasileiro como rato de esgoto compulsório.  Acabou que ainda não adotei. Não se onde ele anda, provavelmente na mesma esquina sendo alimentado pela vizinha da esquina, no fim da rua.  Tirando o meu gato (que a minha ex adúltera, mentirosa e perigosamente tóxica usurpou e jogou ao deus-dará), ainda redirecionei mais dois filhotes felinos para a adoção. Um, aparentemente continua sendo bem cuidado - enquanto estava esperando o novo l...

Meu "até logo"

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Foto: Lindinha, há 19 semanas A manhã vai começar com os tons do verão, em uma aquarela laranja, azul e branca, na profusão de cores que somente essa estação é capaz de pintar no negro azul do céu. Não há chuviscos como na madrugada em que saíste para dar-me “até logo” e que com um olhar pidão viste perder-me nas curvas e esquinas das ruas. Naquela manhã, ao olhar para trás e ver-te tão pequena, sentada à porta de casa, sabia que eras única no mundo inteiro. Hoje não choveu, mas eu olhei para a rua e vi-te sentada, olhando para o além em que eu me perdera outrora. E o teu amor foi comigo, viajou para longe, tomou sol, levou outras chuvas e voltou, comigo, como sempre. E ao encontrá-la, no mais alto breu, era como se nunca houvéssemos nos separado. A distância que separa os corpos físicos jamais apaga o amor verdadeiro. Aquela distância já não existia quando, uma tarde dessas, fomos à exaustão, no chão, de tanto brincar – ganhamos arranhões, suor e cansaço e ninguém entenderia a...