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Tesouro e coração

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Arte: Nereid, after Rubens. Eugène Delacroix. Met. A bíblia diz, como os muito evangélicos citam esse livro, que onde estiver o nosso tesouro, aí estará o nosso coração. Tesouro e coração são palavras lindas de serem usadas em livros de ficção ou mitológicos, como a bíblia, nos dois casos. Tesouro sempre é ligado, no imaginário popular, à dinheiro. E se o seu tesouro não for monetário nem metálico? Se o seu tesouro não for inanimado? Se o seu tesouro não for religioso ou mitológico? Se o seu tesouro for você mesmo? Então seu coração será o seu tesouro. O meio e o fim juntos em uma única localização passível de destruição física e de inexistência no pós-vida.  O coração, que não é em formato de bunda e muito menos romântico que o habitual, bate em tórax de músculos, ossos e nervos e o tesouro nem é o ferro diluído no sangue. Caindo ainda mais na realidade e distanciando do ilusório mundo bíblico dos hebreus caímos na realidade atual em que o dinheiro é nosso Deus e n...

Jogo do dinheiro do Banco Inter

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Imagem: reprodução/Twitter A caixa de pandora das segundas-feiras parece que não foi fechada ainda, nessas terras brasileiras. O dia começou com os correntistas do Banco Inter se sentindo personagens de Jogo do Dinheiro. Contas zeradas ou saldos negativos (ninguém sabe qual é a pior situação). As reclamações dos correntistas invadiram o Twitter e a resposta do Banco Inter, a melhor resposta que a instituição encontrou, foi impedir o acesso dos correntistas às suas contas, no aplicativo e nos caixas 24h, para o desespero daqueles que precisavam honrar seus compromissos hoje. Uma "instabilidade" no sistema do banco. Desde quando banco possuem "instabilidade" em seus sistemas? Isso seria o mesmo que considerar que o banco aceita perder dinheiro e não cobrar aquelas dezenas de "taxinhas" de serviço. Há algo de muito estranho com o Banco Inter e com essa "instabilidade" e não é difícil entender as razões que fizeram a instituição finance...

A pobreza

Quando olhamos para as pessoas nas ruas, nas filas de órgãos públicos e nas portas das casas no final de cada dia, pensamos que são apenas pobres. A pobreza é a definição máxima e o rótulo mais conveniente. Olhando com cuidado, vemos pessoas que são classificadas como pobres pelas estatísticas e transformadas nestas de acordo com a conveniência do governo e da comunidade internacional ou acadêmica. De perto, há pessoas que são pobres porque não tem tal renda, ou porque moram em tal bairro, ou não conseguiram tal formação acadêmica ou tal tipo de emprego. No entanto, a pobreza é mais que definições e rótulos.  É um estado de ser e de espírito que dinheiro nenhum é capaz de sanar. É uma doença mental que se insinua na inveja pelo alheio; no desejo kitsch por afanar a vida alheia e decorá-la com estampas cafonas. A pobreza é acos...

A moeda e a flor

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Quadro: The Steeplechase, Coney Islan. Milton Avery. 1929. Metmuseum. Se não for o dinheiro, é o amor que nos move todos os dias para um trabalho - às vezes medíocre - todas as manhãs. Quando não é o dinheiro, é esse tal de amor - que até hoje ainda não encontrei e creio que muitos milhares também não - que nos oprime e faz com que a indústria da beleza seja uma das mais estáveis. Essa dobradinha entre o amor e o  dinheiro é interessante sobretudo porque, excetuando-os, quase nada resta para nos motivar. Trabalhamos para comprar casa, carro, comida, roupa, ostentar cartões de crédito e débito. Trabalhamos para, na conquista moderna da fêmea, ter um diferencial em relação a outros machos - se você for gordinho ou simplesmente fora dos padrões fitness   pode investir no trabalho de boa remuneração; nada é tão excitante quanto um poder de compra alto. Trabalhamos  para não ficar para trás quando o assunto é sexo.  O outro lado da moeda, esse tal amor, é mu...

Um quase estado

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Fim de tarde em Palmeira dos Índios - AL Perdem o dia com o trabalho que paga a conta de água, energia, telefone. Perdem a noite pensando nos problemas que geram o dinheiro que garante a iluminação pública, a novela, a cama nem sempre tão confortável. Entre perdas diárias e perdas noturnas o entardecer vai se achegando à noite, misturando o azul do céu profundo com o escuro que torna brilhante as estrelas do céu, energia muitas vezes dissipada milhões de anos atrás e que só agora chega à visibilidade terrena. Nesses momentos de tênue estar, é fácil perceber que a tristeza do Pequeno Príncipe é tão cortante, tão íntima de quem lê as grandiosas páginas como a roupa que cobre o corpo cansado dessa corrida por dinheiro. Em muitos lugares, enquanto tantos perdem, principalmente o tempo, outros poucos presenciam o exato momento descrito pelo Pequeno Príncipe. E nem percebem. Também se percebe poucas coisas, fazem o que realmente querem e são pouco felizes. É fácil ser triste e infe...

As obras futuristas

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A Universidade Federal de Sergipe, sabidamente, está em processo de reforma nas mais diferentes áreas e nos mais longínquos lugares que compõe o câmpus de São Cristóvão. Esse processo reformista tem trazido vários transtornos aos discentes (e a alguns docentes também). Evidentemente, os benefícios virão e se estabelecerão para vários anos e outros milhares de alunos que se seguirão. No entanto, na atualidade da poeira, na lama, no esquisito, na falta de proteção de estudantes e obras, as aulas transcorrem na maior dificuldade, inclusive locomotiva. Improvisaram salas de aulas, no lugar mais longe do câmpus por falta de local mais distante. A identificação das salas de aulas nos Prédios das Didáticas é o que se pode chamar de irresponsável, pois foi colocada nas portas velhas, que provavelmente serão trocadas em um futuro próximo. Além disso, o atraso na entrega das obras não dificulta apenas a vida acadêmica da Universidade como prejudica também a imagem interna da Instituição ...