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Mostrando postagens com o rótulo 08 de março

Socialmente toleráveis

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Quadro: The Conversation. Henri Matisse. 1911. Sempre conheci mulheres, de fortes a fracas, de feias a belas. Todas elas, de um modo ou de outro, querem a atenção de outras mulheres e de homens, seja para defender sua posição social seja para garantir sua marca - qualquer que seja.  De todas as mulheres que conheci, até hoje, algumas se destacam pela urgência em querer ser o centro das atenções. Na maioria das vezes a inveja alheia e a agonia de não estar em evidência acaba gerando má reputação e um rastro de lama que é muito difícil de limpar. Essas mulheres, especificamente, acabam marginalizadas em uma sociedade hipocritamente puritana, quando a expressão, de algum modo, é aplicado à sociedade contemporânea, por usarem a beleza que dispõem e os recursos naturais de suas qualidades físicas para ocupar um lugar de destaque nas comunidades em que participam.  Embora seja um pensamento infantil que acarreta consequências sérias, temos o hábito de não avaliar o comp...

Um senil no Exército

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Charge: crédito na imagem Devo concordar com os historiadores quando eles dizem que o regime militar é muito recente para que tenhamos uma visão confiável e consolidada sobre os vários aspectos da sociedade brasileira à época e como o regime influenciou as décadas posteriores. E ainda que não tenha vivido tão nebulosa época, seus reflexos são sentidos por mim, indiretamente, como uma das gerações subsequentes – que herdaram os males e os benefícios (se houve) da ditadura. Quase não penso nos militares e quando me vejo refletindo sobre o período militar é, geralmente, como consequência de fatores externos. Esses dias estava sentado à mesa de um dos 1º Sargentos da 6ª Região Militar, à espera de atendimento, quando uma cena muito inusitada ocorreu bem na minha frente. Um homem, passado e muito da idade de andar sozinho na rua, ocupou  o 1º Sargento, que atendia o público e que logo me atenderia, com nomes e datas errados, para um fim que nem Deus saberia dizer, por longos tri...

A inquisição da Rosa

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Uma das piores comparações já feitas pela indústria é a que equipara a mulher a uma rosa. Além de ser brega e injusta com a planta, é excludente se entender que nem só de belezas e simpatias femininas é composto o vasto mundo terreno. Mulher não é uma rosa. Não cheira bem todas as horas do dia, não tem bom humor sempre, nem todas são boas mães, nem todas são merecedoras de um alegre e espontâneo parabéns – que, diga-se, na prática o parabéns puro, sem estar seguido de uma recordação física, não tem valor algum. Mulher é uma versão do gênero masculino, com adaptações surpreendentes e muito necessárias, mas também são cafajestes, machistas, hipócritas, indecentes, trabalhadoras e  charmosas. E talvez sejam essas características aliadas ao conceito de fragilidade – falsa – que torna o gênero ainda mais intrigante e belo. A mulher não é fraca e, portanto, não pode ser comparada a fragilidade de uma rosa indefesa – existem mulheres que sabem defender-se muito bem! No entan...

Vésperas femininas

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A aproximação do Dia Internacional da Mulher, 08 de março, sempre reacende velhas e chatíssimas questões, que não têm nada de polêmicas tampouco de utilidade prática. É possível observar em muitos lugares, principalmente públicos, a manifestação de incômodo de alguns cidadãos com a tal da desigualdade feminina. E, em certos pontos, até estão corretos e faço coro. Entretanto, não podemos seguir todas as reclamações como se fossemos bois desgarrados, que não pensam nem tem opinião própria e formada. O oito de março é banhado por lamúrias de que a mulher não tem seus direitos reconhecidos e quando os têm,  não são devidamente respeitados. Uma conversa que nos acompanha desde sempre e que não deixa de ter razão em certos pontos. Mas avaliemos direito as situações! A mulher já conseguiu se colocar na vida social, política e econômica de forma categórica e demonstra, a cada dia, competência e habilidades particulares; já demonstrou, e continua, a  mostrar à socieda...