Cultura lacrimosa

Foto: Statue of Diadoumenos. Charles Sheeler. Met.


Domingo.
Como de hábito, o dia de arrumar-se, ir à uma igreja qualquer e chorar porque não se tem um "pai" ou um "filho", mas apenas a promessa escrita e incomprovada de uma vida tranquila após a morte.
Histerismos.
Cada um que vai a essas liturgias creem-se em domínio da verdade e de uma fé inabalável; crê-se tomados de uma religiosidade danosa, tal qual os fanáticos puritanos de Silent Hill (2006), que arrasta à lama o bom senso e a imagem da verdadeira fé.
E agora que aderem ao culto da tristeza, do abandono, da perda e da morte paterna há muito pouco o que se fazer para mudar tal cultura.
O remédio é viver.
Os abandonados filias que superem.
A morte que cuide dos seus mortos.
Os vivos que aprendam a viver.

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