Break Resun
Reabertura do Resun. 12/08/2019.
A alegria da comunidade acadêmica da Universidade Federal de Sergipe durou pouco.
Ao som de uma orquestra sinfônica, o Restaurante Universitário - Resun - retomou suas atividades já no fim do semestre letivo. Fotos e manifestações nas redes sociais chancelaram o fim de almoços em restaurantes com preços abusivos - para aqueles que têm dinheiro. Isso, na segunda, 12 de agosto.
Na terça, 13 de agosto, a Universidade divulga uma nota comunicando a suspensão das atividades do Resun.
Os motivos alegados pela empresa foram:
"(...) a contratada já arca com alto custo de pré-funcionamento do Resun, como manutenção de equipamentos, aluguel de contêineres frigoríficos, fora todo o gosto comum à abertura de uma filial." (Ofício: 043/2019 – MAO, p. 2).
"(...) esta empresa teve sua conta bancária bloqueada judicialmente por fato que nos é estranho. Ainda hoje tenta-se apurar a origem do bloqueio que é de total desconhecimento da empresa." (Ofício: 043/2019 – MAO, p. 2).
"(...) recebemos uma notificação do Departamento Penitenciário Nacional, que segue anexa, acerca de um contrato extinto que foi celebrado entre esta empresa e o mencionado departamento solicitando ressarcimento de R$ 528.014,99 (quinhentos e vinte e oito mil e quatorze reais e noventa e nove centavos) pagos a maior por um suposto erro na planilha de cálculos à época da vigência do contrato." (Ofício: 043/2019 – MAO, p. 2).
E com esses motivos a empresa diz estar em "desequilíbrio econômico-financeiro grave e incontestável", incapaz de arcar com suas responsabilidades contratuais.
Ela quer convencer que não sabe o que aconteceu. Não sabe a razão de ter suas contas bloqueadas?
O Departamento Penitenciário Nacional notificou a empresa sobre o ressarcimento ao erário em 2018 (Nota Técnica n.º 144/2018/DIPLI/COCLI/CGLOGDEPEN/DIREX/DEPEN/MJ ). Então, qual a explicação da empresa para não ter devolvido? Ou melhor, para usar tal fato agora, para o cumprimento do contrato n.º 33/2019 , firmado com a Universidade Federal de Sergipe?
Ou será que, ao explanar "desequilíbrio econômico-financeiro grave e incontestável", sugere que a UFS restabeleça o equilíbrio econômico-financeiro só para não ter que enfrentar o inconveniente de chamar a próxima empresa classificada na licitação?
O fato é que, de novo, estudantes socioeconomicamente vulneráveis voltarão a passar fome (conhece a Proest e sua boa vontade?).
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