Carta aberta aos discentes da UFS
Nos últimos dias vimos surgirem, como que brotando da terra como batatas, uma infinidade de indivíduos que estão muito preocupados com a reestruturação política estudantil da Universidade. Vimos folhetos sendo jogados em nossa mãos como se fossem subornos que compram nossa dignidade, processo bem semelhante ao que ocorre nas eleições congressistas.
Ouvimos chapas defenderem a criação de redes sociais como se isso fosse a descoberta do ouro nas Minas Gerais de séculos passados. Ouvimos que a luta pela ampliação do Resun é uma pauta sempre presente e que a ampliação das bolsas de assistência estudantil e de pesquisa e extensão serão "retomadas". O que não ouvimos foram as razões que levaram tantos movimentos "atuantes" dentro da Universidade a se eximirem da responsabilidade de lutar quando as bolsas de assistência estudantil passaram a fazer parte de um processo segregador e injusto, regido por editais questionáveis e tão absurdos quanto os cortes do orçamento da educação promovidos por Bolsonaro.
Ouvimos que lutarão por um transporte estudantil gratuito, como se o Setransp fosse simplesmente acatar a reivindicação de um DCE, que não consegue nem mesmo ser apoiado pelos centros acadêmicos, frente ao lucro garantido e que sustenta toda uma estrutura política alheia à Universidade.
Ouvimos ideias que parecem ter saído de alguma literatura barata de partidos nanicos e inexpressivos que almejam o poder, tal qual o PSL conseguiu.
Estamos inseridos em um ambiente universitário e há chapas e candidatos que tratam os eleitores de forma tão abjeta quanto os congressistas tratam os pobres periféricos em época de eleição. Não há motivo para crermos que discentes de outras instituições, que sequer possuem um conhecimento mínimo da estrutura administrativa da UFS, conseguirão promover a articulação mínima necessária para as mudanças que o ambiente universitário precisa.
A todos os discentes, a máxima é: NÃO VOTEM!
Não votem e invalidem esse processo eleitoral até que cada chapa prove que é digna e merecedora de representar os estudantes. Caso contrário teremos mais um DCE que serve a partidos políticos e a indivíduos com intenções questionáveis - e um punhado de movimentos independentes que não conseguem nem mesmo ter representatividade entre os pares, mas que tentam promover, apenas, o esfacelamento da classe estudantil.
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