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Maníaco do Parque: entre o personagem e o homem

  O filme Maníaco do Parque tem levantado um muro de críticas daqueles que, normalmente, vivem sob o ofuscamento dos holofotes das produções estrangeiras. Há quem diga que a produção é rasa, há quem critique a contextualização de uma personagem fictícia e simbólica e há quem critique a falta de sangue e de violência explícita.  No fundo, o que se critica é a falta de carnificina, o cheiro do medo, o sangue enquadrado, os gritos de horror. E essas críticas derivam do fato de que vivemos à procura de carne apodrecida para satisfazer as nossas tão humanas necessidades de deleite sobre a desgraça do outro uma vez que não podemos, geralmente por força da lei, realizar os mesmos atos.  Maníaco do Parque, o filme, não possui as reviravoltas de criativos roteiristas que sempre encontram uma maneira de tornar as histórias mais vendáveis. Nem possui a assinatura estrangeira que daria, aos vira-latas de plantão, o sabor de uma "boa obra", mesmo que essa tal "boa obra" não pass...

Cultura lacrimosa

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Foto: Statue of Diadoumenos. Charles Sheeler. Met. Domingo. Como de hábito, o dia de arrumar-se, ir à uma igreja qualquer e chorar porque não se tem um "pai" ou um "filho", mas apenas a promessa escrita e incomprovada de uma vida tranquila após a morte. Histerismos. Cada um que vai a essas liturgias creem-se em domínio da verdade e de uma fé inabalável; crê-se tomados de uma religiosidade danosa, tal qual os fanáticos puritanos de Silent Hill (2006), que arrasta à lama o bom senso e a imagem da verdadeira fé. E agora que aderem ao culto da tristeza, do abandono, da perda e da morte paterna há muito pouco o que se fazer para mudar tal cultura. O remédio é viver. Os abandonados filias que superem. A morte que cuide dos seus mortos. Os vivos que aprendam a viver.