Não se engane, Brasil
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Pintura: Portrait of Lydia Delectorskaya. Henri Matisse. 1947 |
Não se engane os estrangeiros - o Brasil segue sendo o mesmo por baixo do circo armado por alguns grupos de comunicação e por alguns facções criminosas que habitam e disputam o poder no Planalto Central.
No nordeste os casos de microcefalia continuam aumentando e os benefícios prometidos por governo e oposição estão com efeito retardado. No norte, o sempre esquecido norte, movimentos sem terra continuam obstruindo as principais vias, como ocorre próximo a Canaã dos Carajás. O Sul vive os dramas da alta do dólar sobre a produção agrícola e o sudeste agoniza com a falta de saneamento básico que provoca as enchentes e alagamentos nos principais centros urbanos. O centro-oeste, bem, essa região acompanha a moda mais próxima.
E enquanto telejornais tornam "normais e legais" a quebra do sigilo das telecomunicações da Comandante-em-Chefe da República Federativa do Brasil e alguns cidadãos, no livre exercício da democracia, vão às ruas para cumprir um chamado mítico originário ninguém sabe de onde, supondo apenas ser a mera manipulação midiática, a vida da maioria, praticamente 99,9% dos mais de 200 milhões de brasileiros segue igual, cumprindo o rito semanal de trabalho e rotina.
A maioria da população assiste indiferente aos exageros das emissoras de televisão porque sabem que elegeram deputados e senadores corruptos para representá-la nas duas casas do Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas Estaduais, nos Ministérios e nas Secretarias das esferas dos Poderes Executivo e Legislativo. Sabe que uma Presidente eleita possui recursos para a própria defesa bem como para mitigar os efeitos de grupos midiáticos tendenciosos.
O Brasil só passa por uma crise política porque o povo brasileiro elegeu cidadãos cuja idoneidade e honestidade são questionáveis. E só passa por uma crise econômica porque espera uma solução milagrosa do Palácio do Planalto.
O povo brasileiro é, em suma, preguiçoso e corrupto. E tudo o que se diga para tornar essa afirmação inválida é invalidada à simples análise dos representantes do povo, que ora habitam o planalto central.
O povo entoa o Hino Nacional e músicas motivadoras nos jogos das Copas do Mundo, mas é incapaz de aplicar as letras do poetas à própria vida e às comunidades das quais fazem parte por preguiça, omissão e atos corruptos.
O que se vê no país é tão somente fantoches servindo às manobras do grupos políticos que, paradoxalmente, são eleitos pela população.
A comunidade internacional não se afobe: o Brasil segue com suas brasilidades independemente do que inventem amanhã.
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