Céu abaixo
Quem mora no agreste, quase sertão, alagoano sabe que quando faz sol é possível esquentar água para fazer chá ou café (depende da preferência) no asfalto. Em novembro a ventania é capaz de destelhar casas e o inverno é mutante - tem ano que parece verão e tem ano que é muito molhado e frio. Esse é um destes.
Se brincar com a preguiça e o friozinho vai acabar recebendo uma peça pregada pelo relógio.
Em Palmeira dos Índios você vai encontrar duas situações bem distintas: a) quem mora próximo ao centro, ou seja, na serra, vai sentir, óbvio, mais frio e a água vai ser passageira; b) já quem mora mais distante do centro, ou seja, no pé da serra, vai sentir o quanto a água causa transtorno e lama. Quem mora nos lotes de casas populares do Minha Casa Minha Vida que o diga!
A única característica que une os habitantes é tão-somente a necessidade de praguejar o clima e esperar que aquele tal político cumpra sua promessa e vá calçar a rua. As doces ilusões do povo passivo....
À parte essas ruminações sociais e políticas você pode encontrará, apesar da falta de atrações turísticas, um clima interessante; um clima que poderia justificar a alcunha de "cidade do Amor" não fossem os tantos assassinatos e suicídios da localidade.
A visão é ambígua, o clima é imperioso e os olhares de boas fotografias são raros.
Mas se você andar por essas bandas não esqueça que chuva, frio e lama também fazem parte da terra em que baleias perambulam, Fabianos são desafiados e muito "amor" despenca céu abaixo.
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Foto: Palmeira dos Índios, Ana Almeida via facebook |
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