CREA x CAU

Quem já procurou os meios técnicos e de engenharia para construir um edifício, ainda que pequeno e modesto, deparou-se com o conflito de egos e competências entre técnicos e engenheiros; e mais acirradamente entre engenheiros civis e arquitetos.
E embora todos esses profissionais convivessem animada e tensamente em um único órgão regulador e fiscalizador, a harmonia profissional sempre foi apenas aparente. A cisão no CREA demorou, mas aconteceu. E engenheiros e arquitetos ficaram em dois lados, distintos e agressivos, disputando direitos, credibilidade e clientes. As "pequenas discórdias" entre o Conselho de Arquitetura e Urbanismo e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia foram parar nos portais dos respectivos órgãos e nos gabinetes das prefeituras. 
Em Alagoas, os chefes do executivo municipal  têm rejeitado alguns projetos entregues por engenheiros civis, provocando uma onda de repúdio e indignação nestes. 
Agora os Conselhos, por mais que indigesto, terão que entrar em consenso ou todos irão sair perdendo nessa disputa descabida.
A cisão entre engenheiros civis e arquitetos pode, ainda, gerar mais que problemas econômicos, técnicos, jurídicos e profissionais - poderá ricochetear nos currículos das Universidades e gerar instabilidade no conhecimento que deve ser construído e aprimorado nas faculdades de engenharia e arquitetura.
A briga de cachorro grande e vaidoso parece estar longe de terminar. E o que resta é ficar atento até onde duas classes de profissionais pode chegar: se a um acordo de cavalheiros ou à lama da baixaria explícita.

Imagem: print do email do CREA-AL


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