Epopeia alagoana
O percurso Palmeira dos Índios - Maceió, que dura umas duas horas, não é tão traumático quanto o Palmeira dos Índios - Arapiraca, que demora uma hora e vinte minutos em um percurso que deveria ser de, no máximo, quarenta minutos. Porém, os dois estão em pé de igualdade quando se refere ao gosto musical. As músicas imputadas aos usuários passam do legal e aceitável, como o caso excepcional de Kid Abelha, ao vulgar e incômodo que permeiam a maioria das bandas musicais do momento.
E viajar até a capital alagoana requer um autocontrole imenso, para quem gosta de algo além do 'arrocha atual', sertanejo e da 'sofrência', Requer abstração e fuga para Nárnia, onde só Aslam salva.
Imitando os milhares de alagoanos que precisam ir até a capital e cujo único meio, se se falar de Palmeira dos Índios, rápido é o transporte alternativo intermunicipal, fui não tão inocentemente usufruir do serviço oferecido na rodoviária palmeirense.
O embarque e a saída foram rápidos. O sofrimento foi de duas horas.
Ponney do arrocha foi o som tocado em mais da metade do percurso. Uma letra dramática, uma coregrafia vulgar e uma desarmonia nos instrumentos musicais marcaram, diga-se, não apenas essa banda musical fracassada. O ritmo 'arrocha' foi corrompido pela dor de corno e pela vontade de fornicação pública, tornando o que já era quase inaceitável em algo traduzível como de extremo mal gosto.
Eu, de minha parte, como forma de sobrevivência, lixei minhas unhas e vaguei por Nárnia o quanto pude. Até encontrei Aslam, que me deu bons e valorosos conselhos.
E quando pensei estar livre do sofrimento logístico deparo-me com o transporte urbano de Maceió - nunca mais reclamo do de Aracaju - precário, ultrapassado, deficiente e desrespeitoso, como todos os outros. E ainda tem os percursos confusos.
CONSTRUAM TERMINAIS DE INTEGRAÇÃO(DECENTES)!
Uma vergonha essa capital não possuir vários deles, principalmente perto dos shoppings, praias e universidades.
E, enfim, chego no tal do Parque Shopping Maceió, o novo centro comercial da capital. E já tenho críticas e sugestões para o arquiteto do grupo controlador do Shopping, que não pensou em alguns detalhes relevantes.
Mas claro que o objetivo de cortar o estado alagoano, fugir para Nárnia nas horas de 'sofrência' e enfrentar a imobilidade urbana foi alcançado: olhar o belo sorriso da talentosa, linda e simpática escritora de olhos lindos, Thalita Rebouças.
Valeu muito a pena.
Maceioenses, levantem do sofá e mudem essa cidade!
Maceió precisa de atitude e reforma na arquitetura e no urbanismo, urgentemente. A cor da água do mar não apaga as mazelas!
E como a Thalita apaga qualquer impasse, descompasso e fugas...
Thalita Rebouças, volte sempre!
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sessão de autógrafos com Thalita Rebouças |
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