O fedor de boca feliz

Buscar a felicidade, o amor, a fama e a riqueza - eis aí a nossa maior ocupação na vida. E quando alguém simplesmente não sabe o que fazer, nem quando fazer, por falta de orientação ou paciência para tramas e traições, é lhe feito caretas e dito-lhe adjetivos pouco louváveis.
Afinal, todos são obrigados a serem gananciosos, mesquinhos e infelizes em uma busca sem sentido e egoísta.
Quem quiser que busque suas formas de felicidade, seja ela efêmera ou podre.
De efêmera já basta a alegria ao alcançar um objetivo, que nem sempre é tão fácil de ser alcançado. Deve ser por isso que domingo, enquanto marinava no tédio da velocidade controlada do ônibus, deparei-me com a melhor definição de felicidade que jamais encontrei por aí. O para-choque de um carro exibia a máxima:
 
Felicidade é como fedor de boca, vem de dentro

E é verdade!
Pode até parecer vulgar, porém reflete a simplicidade do estado de felicidade que tanto buscamos. O dinheiro só traz felicidade (sim, dinheiro traz felicidade e quem diz que não é só por que nunca teve [dinheiro]) quando se sabe o que fazer com ele; a fama promove a felicidade quando se tira realmente proveito dela; o amor é o epicentro da felicidade quando não se escraviza por falsos amores.
Ou seja, não importa a ferramenta que se utiliza para ser feliz.  O importante é ser.
No meu caso o importante foi saber que, transportado para o mundo dos Cavaleiros do Zodíaco, eu seria Hyoga, Cavaleiro do Cisne - já que acordar cedo está complicadíssimo.

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