Rosa morta

Ponta Verde, Maceió - AL


Apenas uma rosa foi morta.
Cruzamos as pernas e entrecruzamos os passos, os braços, os laços criados. 
Implantamos as bases para a espionagem; para uma nova guerra e muitas invenções.
Deixamos guardados os lenços.
Mas não houve papel de embrulho nos presentes trocados - e quanta falta fizeram!

A chuva criou poças de lama.
A cama, coitada, nunca foi usada.
E ficamos, com cumplicidade e medo, desnorteando-nos à porta da rua.

Olho de peixe, cacos de vidro, perfumes enjoativos,
espinha de gato, arranhões e agressões
Quem disse que só uma rosa saiu morta?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Reunião de faces

Maníaco do Parque: entre o personagem e o homem

Nada além do que virá