Urso polar no Dia
O terminal DIA, na capital
sergipana, é, ao mesmo tempo, a praticidade de locomoção para qualquer ponto da
capital e da grande capital e o inferno no quesito organização e educação
popular.
O Terminal é sujo, e nem sempre
de sólidos – existe sempre a leve camada de gordura nas poucas paredes, nos
pilares e até nos cartazes. Uma limpeza não mataria o Setransp, acredito, e nem
sairia caro. Além disso, o pior mesmo nem são as lanchonetes ao lado dos
banheiros recebendo todo o odor pestilento nem as bactérias pelo ar; o pior
está residindo nos usuários: nos horários de pico as pessoas agridem-se para
entrar nos automóveis, machucam-se em um desespero voluntário como se fosse
necessário agredir, xingar e ter pressa se o ônibus não vai sair antes de estar
suficientemente lotado, com pessoas saindo até pelas janelas.
Uma das piores linhas, nesses
horários, é a Marcos Freire I e II – Dia. Um aviso aos desavisados – não tente
pegar essa linha no começo da manhã e principalmente no fim da tarde.
Se houvesse o mínimo de
civilidade entre os usuários haveria mais tranquilidade para usufruir do
serviço e muito menos pessoas seriam agredidas. Usuários que se estapeiam para
estar imprensados em uma porta, ou com braços para fora da janela estão tão
certos quanto um urso polar acendendo uma fogueira no ártico.
![]() |
Pessoas tentando embarcar no Marcos Freire II - Dia. Terminal Dia |
Seria pedir demais compreensão e
civilidade quando se tem uma coletividade? Seria pedir demais que o Setransp
ofereça um serviço decente, tratando os usuários com respeito e dignidade?
Seria pedir demais mais ônibus nas principais linhas?
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