Sal
O
homem é composto da química e das reações sensoriais do ambiente.
É carne, ossos, músculos, fatias de queijo, meias, sal, maresia,
sol, poeira. Tem sentimentos guardados em caixas, ruas em lenços,
amores em pedaços de papel.

Em
Sal o leitor encontra a representação do meio fluindo por entre os
dedos, o sexo e o cabelo dos jovens praieros, de um farol que norteia
não apenas os navios em noites de nevoeira e mar em revolta – como
também do amor rebelado, revelado, em histeria.
Leticia Wierzchowski cria a atmosfera ideal para o tratamento de discussões
pertinentes sobre opção sexual, triângulo amoroso em família e
bissexual, ruindade, amor, persistência, livros, mudança, vida. Uma
obra que possui a sensibilidade de convidar os olhos mais sensíveis
a um mundo possivelmente desconhecido enquanto evidencia, aos
mundanos sem preconceitos, razões para serem exatamente os
fomentadores das mudanças no mundo.
Há
quem diga que Sal é sem sal.
Não
concordo. O sal de Sal está público, onde todos podem ver. Mas será
que todos querem realmente ver?
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