A triste mania de diminuir o sexo feminino



Obra de Milo Manara

O mal do mundo pode ser a violência, ou as moléstias. No entanto, o mal do mal do mundo é o achismo preconceituoso das pessoas, principalmente no que se refere à sexualidade alheia.
Não raro, houve-se pessoas apontando o dedo indicador na direção de uma mulher, uma vez que são as principais vítimas e algozes – simultaneamente -, de modo que o objeto das interjeições e fofocas seja justamente o fato de aquela mulher tratar-se dignimamente, seja no âmbito de sua sexualidade ou de seu profissionalismo. Poucos gostam de pessoas que se tratam bem, que sabem seu valor e seu lugar no mundo.
Para muitos, a mulher precisa ser ignorante, apesar dos avanços conquistados, e deve demonstrar sua submissão, inclusive sexualmente. Pura mediocridade de pensamento. As formas de tentativa de minimizar a mulher pelo simples fato desta ser ou não virgem antes do casamento demonstra apenas o nível de pensamento arcaico e extremamente medroso da sociedade, de modo que quanto mais expressivo é esse preconceito, mais estamos próximos de um estado de ostracismo.
Nossos achismos não adiantaram em nada e não nos levará a lugar algum. E enquanto o dedo indicador de muitos estiver levantado procurando diminuir esse ou aquele ser humano, o nosso desenvolvimento intelectual estará comprometido.
A pior moléstia do mundo é a cabeça diminuta e arcaica do povo, que ritualiza e santifica qualquer bobagem.
Para todos aqueles que insistem em histórias exageradas e preconceituosas, nada se pode acrescentar apenas banalizar a santidade da cama. Amor e sexo são diferentes, embora os motéis e a igreja queiram insistir que é uma coisa só.

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