O repente da volta ao simples
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Foto de Clement Mesnier |
De repente, sem surpresas, os
anos acabam passando como a velocidade no amanhecer e todos têm histórias para
contar e casos para relembrar. No meio do repentino, nada daquilo que passou tem
importância, nem gosto, nem animação. Apenas o que ficou entre risos e apelidos
tem sentido para uns tantos que acabaram construindo uma vida paralela em suas
obrigações diárias.
Entre casos sem importâncias e
amores sem grandes feitos, todos são um corpo cuja massa espalha-se entre
cidades e lugares distantes e que, não sem esforço, se junta vez ou outra para
recriar-se sob novas perspectivas e novas formas de eternas ousadias.
De repente são crianças que vão
crescendo e fazendo aquilo que gostam, sem os empecilhos de quem cresceu com a
ordem da infelicidade e dos dramas sociais injustos. De repente, o repente toca
em cada um com seus acordes e acorda para todos os velhos hábitos.
E, como todo ato repentino, a
massa separa-se para resolver seus detalhes de sobrevivência, com novos planos
e novas visões, em uma reorientação abrupta e ajeitada, acertada com o relógio
da alegria que sempre a faz sair do longe e no perto, com a velocidade de seu
querer infantil.
Assim passam-se os dias...
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