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Um poema despretensioso

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Arte: Winter Trees, Reflected in a Pond, William Henry Fox Talbot. Met. Vermelho, Verde, Azul Vermelho O batom desnecessário da sua boca Os lábios que ornam um belíssimo rosto Os olhos que iram-se e choram As Lágrimas que não eclodem A paixão incontida A incontinência do tempo Azul, Verde, Vermelho Verde Que não são dos olhos teus - e que bom que não são teus olhos verdes A grama que chama-nos ao sono ou à carícia O carinho que nos adormece A dormência do prazer O gozo da felicidade Verde, Azul, Vermelho Azul Do seu Céu Da sua íntima roupa Dos fios do seu pudor Despudorada inteligência Azul sem tom Tom sem Jobim Vermelho, Azul, Verde Cada cor em sua pele A cútis de agrado aos olhos Os olhos que sorriem Aluz dos olhos A janela do Arco Ora íris, ora Ília

O ano mais longo da história

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Dominique LeComte No ano acadêmico mais longo que já existiu, crianças foram concebidas entre o cálculo de curva e a discussão filosófica de tudo o que é permitido e proibido entre as quatro paredes de uma sala de aula universitária. Um período que desafiou a paciência de discentes bem humorados e a sacanagem de docentes mal intencionados. O ano em que o Papa renunciou em pleno Carnaval, em que foi anunciado a construção do Templo Mórmon do Rio de Janeiro, em que inúmeros desentendimentos provocaram vários finais inesperados entre almas não-gêmeas. Um ano que entrou no calendário alheio e fez 13 virar 12 por força das circunstâncias e dos fatos.  Nesses dezessete meses, foram tantas as inovações que surgiram, tantas outras oportunidades que apareceram do inesperado cotidiano, tantas partidas, chegadas e despedidas que somente o tempo fará a poeira assentar sobre os móveis velhos que, como o 2012 que insiste em não terminar, resistem às intempéries. O clima sempre foi ...